No jogo de número 100 na rivalidade contra o Sport, o Bahia foi atropelado na Ilha do Retiro. Em um campo pesado, o Esquadrão voltou a cometer muitos erros na defesa, não viu a cor da bola no ataque e levou 3×0 ainda no primeiro tempo. O saldo final foi uma goleada de 6×0.
Diante de um Bahia que não se encontrou, Luciano Juba, duas vezes, e Jorginho anotaram os gols do Leão na primeira etapa. No segundo tempo, Vagner Love guardou mais dois, e Sabino, nos acréscimos, fechou a conta.
Essa foi a segunda vez que o Bahia foi para o intervalo com um 3×0 no placar na Copa do Nordeste. Na rodada passada, o tricolor sofreu diante do Fortaleza, na Fonte Nova. A situação do Esquadrão no Nordestão é bem complicada. Restando mais três jogos para o fim da primeira fase, o time é o lanterna do grupo B, com quatro pontos.
O próximo compromisso na competição será contra o Vitória, no dia 5 de março, na Fonte Nova. Antes, o tricolor encara o Itabuna pelo Campeonato Baiano e o Jacuipense, na Copa do Brasil.
PASSEIO
Na Ilha do Retiro, o técnico Renato Paiva mudou radicalmente o meio-campo do Bahia. O estreante Cauly entrou na vaga de Daniel e teve as companhias de Acevedo e Miqueias. Lá na frente, Jacaré foi mantido entre os titulares enquanto Biel ficou no banco de reservas.
Por conta da forte chuva que caiu no Recife antes do jogo, o Esquadrão encontrou um campo muito pesado, com poças que dificultaram o estilo de toque de bola da equipe. O primeiro tempo foi de domínio total do Sport. Sem conseguir se encontrar, o tricolor foi pressionado. No erro de Raul Gustavo, Vagner Love mandou uma bomba e o goleiro Marcos Felipe, com o pé, salvou o Bahia de levar o primeiro. Era o prenúncio do que estava por vir.
Apesar do gramado encharcado, o Bahia pareceu não entender a dinâmica do jogo. O time insistiu em sair jogando desde a defesa. Em uma das tentativas, Ryan perdeu a bola na entrada da área, fez a falta e foi expulso. Na cobrança, Luciano Juba mandou direto e abriu o placar para o Sport, aos 17 minutos.
O Bahia seguiu nervoso após o gol. No contra-ataque rubro-negro, Jacaré fez nova falta na entrada da área. Dessa vez Juba acertou a barreira, mas o zagueiro Raul Gustavo esticou o braço para tentar cortar e a arbitragem deu pênalti. O próprio Juba cobrou no canto direito de Marcos Felipe e ampliou a vantagem pernambucana, aos 25 minutos.
Em situação adversa e com um homem a menos, Renato Paiva fez a primeira mudança e colocou Matheus Bahia no lugar de Jacaré, recompondo a lateral esquerda. Mesmo assim, o Esquadrão não viu a cor da bola. Nem quando o Sport relaxou e abaixou as linhas de marcação o time baiano conseguiu construir.
Para piorar, bastava o Leão pressionar que as deficiências do Bahia ficavam expostas. Aos 35 minutos Juba lançou Jorginho. O meia recebeu livre, driblou Marcos Felipe e fez 3×0 para o Sport ainda no primeiro tempo.
VIROU GOLEADA
Na tentativa de uma reação, o Bahia voltou do intervalo com Mugni, Biel e David Duarte nas vagas de Acevedo, Everaldo e Raul Gustavo, respectivamente. O quarto gol do Sport só não saiu logo aos dois minutos porque Marcos Felipe fez boa defesa no chute de Vagner Love. Mais uma vez era um ensaio.
Aos oito minutos, Love entrou com extrema facilidade na defesa do Bahia e de cabeça transformou o placar em goleada: 4×0. O camisa 9 só precisou de mais seis minutos para no contra-ataque emendar o quinto gol.
A torcida do Sport que já fazia festa aproveitou o placar elástico para gritar olé. O Bahia estava na roda. Ao time restou se defender para evitar um prejuízo maior. O rubro-negro chegou a marcar mais dois gols, com Sabino e Juba, mas os tentos foram anulados por impedimento.
Já aos 47 minutos, Sabino, aproveitou a bola cruzada na área fez 6×0 para o Sport, igualando a maior goleada na história do clássico, que havia sido registrada na Taça Brasil de 1959.
CN | Correio