Prestou depoimento à Polícia Civil, nesta quarta-feira (15), Dilmara de Santana Peixinho, de 26 anos, esposa do empresário Marcos Edilho Pereira Marinho, 39, que foi morto a tiros na tarde do último domingo (12) em frente a um restaurante na Avenida Fraga Maia, em Feira de Santana.
Ela foi ouvida pelo delegado Rodolfo Faro, titular da Delegacia de Homicídios (DH), das 8h30 até às 11h30.
Segundo o delegado, Dilmara foi ouvida em complementação a primeira entrevista que foi mantida na noite de segunda-feira e hoje foi coletado o maior número de informações possíveis, que possam ajudar a esclarecer não só a motivação para este crime como seus autores. Ele salientou ainda que indícios apontam que o crime foi praticado por profissionais.
“Por aparentar ter sido um crime praticado por profissionais, um crime cercado de maiores cautelas, a polícia trabalha no sentido de coletar o maior número de informações possíveis nas imediações e locais do crime e em parceria com o outros órgãos relacionados à segurança pública vamos chegar a identificação do veículo para chegar aos autores”, informou o delegado ao Acorda Cidade.
Sobre o fato de Marcos Edilho ser investigado por crimes de estelionato, o delegado relatou que esta é uma das linhas de investigação, mas que há outras nesta fase preliminar das investigações.
“A vida pregressa da vítima é uma das linhas, está sendo apurada e foi constatado de fato algumas ocorrências, processos e inquéritos policiais relacionados a este tipo de conduta e isso pode ter sido a motivação mas a gente não descarta nenhuma outra relacionada às relações interpessoais da mesma”, acrescentou.
O delegado contou ao Acorda Cidade, que durante o depoimento a esposa do empresário relatou que os criminosos usavam máscaras, e um carro com vidros escuros.
“O crime aconteceu de forma rápida e inesperada, ela se encontrava nas proximidades aguardando ele se dirigir a motocicleta enquanto ele fazia uma postagem numa rede social e ela infelizmente nos deu poucas informações neste sentido até porque os indivíduos chegaram em um veículo de vidros escuros, portavam luvas, máscaras cobrindo o rosto e isso impossibilitou de trazer maiores informações que também já foram colhidas por imagens do estabelecimento que flagrou toda a ação criminosa”, pontuou.
Rodolfo Faro esclareceu também que Marcos Edilho não tinha porte de arma, era atirador esportivo. A arma dele que estava na bolsa da esposa só poderia ser transportada da residência até o stand de tiros.
“Na realidade, pela vestimenta que ele utilizava não tinha condições do mesmo portar essa arma, ele não tinha porte de arma de fogo, vale se frisar, ele era atirador esportivo e a autorização desse tipo de porte é apenas o transporte da arma do local de sua residência para o stand de tiros para a prática do esporte, então ele estava inevitavelmente utilizando a arma de forma ilegal, não ele, no caso ela, porque estava consigo na bolsa”, salientou.
O delegado informou ainda que Dilmara de Santana contou para a polícia que não tinha conhecimento se o marido estava sendo ameaçado.
CN | Acorda Cidade