Três das cinco pessoas que morreram em um acidente de carro na BR-116, na noite da sexta-feira (14), trocaram de lugar de um ônibus para viajar no veículo que acabou envolvido no acidente. A informação foi passada por Reginaldo Mota, cunhado de um dos mortos, em entrevista à TV Bahia.
Regi Mota como é conhecido contou que o cunhado, Joelson Batista, ex-árbitro de futebol também antecipou a volta para casa. O carro envolvido no acidente, uma Spin, era da Secretaria de Saúde da cidade de Valente e levava pacientes voltando de tratamento na capital baiana.
“Ele estava fazendo tratamento de próstata em Salvador, com 35 sessões. Ele conseguiu fazer 33. Estava em Salvador e concordamos dele ficar até terça, concluir o procedimento e retornaria na quarta (…) Só que fomos surpreendidos por ele, 19h30 (ontem), quando ligou pra irmã dele, minha esposa, dizendo que estava em Santa Bárbara”, contou. “Ah, mas deu vontade de vir”, relembrou a resposta dele, quando questionado porque retornou antes.
O cunhado acrescenta que ele estava no ônibus nesse momento, e em uma parada em Santa Bárbara foi feita a troca. “Essa Spin estava também junto, parada para fazer lanche lá em Santa Bárbara. Tinha uma senhora com criança de colo e resolveu trocar. Três pessoas, Antônia com o esposo e ele, trocaram com três pessoas”.
Reginaldo chamou o acidente de uma “tragédia para Valente”. “Nossa cidade realmente é uma família, são seis vítimas, todo mundo ligado, quase uma mesma família”.
Os mortos foram identificados como Paulo Vitor Silva de Lima, 34 anos, que trabalhava como motorista para prefeitura havia sete anos; Dionísio Araújo, 76 anos, que tratava de um câncer de próstata em Salvador; a esposa dele, Antônia Bispo, 54 anos, que o acompanhava; Joelson Batista da Silva 65 anos, árbitro de futebol, que também tratava um câncer de próstata; Lúcia Porcina dos Reis, 77 anos, também em tratamento contra um câncer. Duas pessoas sobrevieram ao acidente. Um homem identificado como João Paulo Pinheiro Araújo, que segundo a TV Bahia, já teve alta do hospital. A outra sobrevivente, é Maria Rita dos Reis, 49 anos. que acompanhava a mãe, Lúcia. Inicialmente foi informado que ela havia falecido, mas ela segue internada no Hospital Geral Clériston Andrade.
CN | Fonte: Correio