Dia de Finados comemorado no segundo dia do mês de novembro é sempre marcado por muita lembrança, comoção e dor, é a data do ano que os cemitérios mais recebem visitantes de pessoas que vão fazer limpeza das sepulturas, acender velas e colocar flores para homenagear os falecidos.
Em Conceição do Coité três irmãs foram até o cemitério municipal do centro da cidade que ficou conhecido como ‘cemitério velho’ após a contrução de um novo, saíram da necrópole frustradas por não encontrarem a sepultura do pai e irmão José Francisco dos Santos ( Deca da Oficina) e Jefferson Andrade dos Santos (Son do Bicho).
O Calila Notícias que tradicionalmente mostra a movimentação do cemitério no dia de finados encontrou as irmãs Edna, Ester e Fabiana Andrade dos Santos circulando pelo interior do cemitério e ao encontrarem nossa reportagem passaram a relatar o drama.
Segundo Edna e Ester pouco frequentam o cemitério e diante disto perguntou ao irmão Jeffite Andrade dos Santos que ao contrário delas vai sempre ao local. “Ele disse que a cova fica ao lado da carneira de Reinaldo e que tem uma grade de ferro com o nome do meu pai, mas quando chegamos aqui não encontramos grade e o local não parece que já sepultou alguém. Conversei com o coveiro e ele me disse que não era mais permitido a manutenção de grade aqui”, disse Edna.
Edna disse ainda ter ficado preocupada de talvez, a sepultura onde estão seu pai e o irmão ter sido cedida para enterar o corpo de pessoas estranhas que estão nas proximidades da sepultura referência passada pelo irmão. Não demorou muito e Jeffite chegou no cemitério e afirmou com muita convicção que a cova do seu pai e seu irmão fica no lado direito da de Reinaldo.
“Eu venho sempre aqui e vejo a grade fora do lugar, as pessoas passam com o caixão e levantam a grade, eu venho e coloco no lugar. Desse vez rodei aqui e não encontrei” disse Jeffite que relatou que a última vez que esteve no cemitério e viu a grade foi há cerca de 45 dias.
O CN perguntou a Edna se o terreno foi adquirido em definitivo pela família para se tornar um local perpétuo e por medida de segurança para não passar a informação equivocada, ela ligou para a mãe que garantiu ter comprado e tem toda documentação expedido pela Prefeitura Municipal como sendo para sempre da família.
Pessoas que passavam no momento da entrevista informaram ao CN que existem outras queixas de pessoas que relataram ter perdido a sepultura perpétua.”Tem familia que não vem mais aqui por questão da idade ou não morando na cidade, outras por religião que não romantiza as pessoas após a morte, então, pode acontecer esse tipo de coisa” relatou uma pessoa que preferiu não se identificar.
No cemitério velho há pelo menos 10 anos não enterra corpos de pessoas que não tenham sepultura perpétua.
Nossa reportagem inclusive fez uma transmissão nesta quinta-feira pelo Instagram falando da história de 27 anos de Raimundo Mascarenhas atuando no jornalismo, cuja estreia foi em 2 de novembro de 1996, e na oportunidade conversou com a familia Andrade.
Ver essa foto no Instagram