Diversas espécies de plantas encontradas na natureza têm propriedades repelentes de insetos. Entre as mais conhecidas estão a citronela, a lavanda, o manjericão, a erva-cidreira, a hortelã e o crisântemo. Além de embelezarem os ambientes, algumas dessas plantas são particularmente eficazes na dissuasão de mosquitos, pernilongos, formigas, pulgas, carrapatos e até baratas.
Na Bahia, é crescente o número de casos e óbitos em decorrência da Dengue – neste primeiro trimestre já são 21. Felizmente, essas plantas podem ajudar na proteção familiar contra o Aedes aegypt, é o que explica o engenheiro agrônomo, professor do Centro Universitário Ages, Carlos Allan Pereira. “As plantas repelentes são caracterizadas por sua capacidade de emitir substâncias voláteis, como compostos orgânicos de baixo peso
molecular, que conferem sabor e/ou aroma distintivo. Estes compostos, tais como alcaloides, terpenoides e fenóis, têm sido identificados como agentes repelentes de insetos, interferindo em seus processos fisiológicos, sensoriais e comportamentais”, explicou.
Estudos têm demonstrado que a presença de plantas repelentes nos ambientes pode alterar a dinâmica populacional das pragas, inibindo sua aproximação e reduzindo sua capacidade de causar danos. Além disso, o uso dessas plantas pode contribuir para a redução do uso de pesticidas químicos em ambientes domésticos. “É importante ressaltar que a eficácia das plantas repelentes pode variar de acordo com uma série de fatores, incluindo a espécie de planta utilizada, as condições ambientais e a especificidade da praga alvo. Além disso, é importante lembrar que a prevenção é a melhor maneira de combater a Dengue. Isso inclui eliminar água parada onde os mosquitos possam se reproduzir e usar repelentes de insetos aprovados quando necessário. Além disso, é crucial procurar atendimento médico imediatamente caso necessite”, pontuou o professor.
Como cada planta tem uma necessidade diferente, Carlos Allan preparou algumas dicas de como tê-las em casa:
Citronela: Essa planta pode ser cultivada tanto em ambientes externos, onde pode alcançar proporções arbustivas, quanto em vasos de tamanho reduzido, adaptando-se facilmente a diferentes espaços. A prática recomendada para o cultivo em casa inclui a colocação estratégica da planta em áreas propensas à presença de insetos, aproveitando assim ao máximo suas propriedades repelentes. Esse aspecto, combinado com sua facilidade de cultivo, faz dela uma escolha popular para aqueles que buscam uma solução natural e de baixa manutenção para o controle de insetos em ambientes domésticos.
Alecrim: Para o cultivo bem-sucedido do alecrim, é recomendável posicioná-lo em um local com excelente luminosidade. A frequência de rega ideal situa-se entre uma e duas vezes por semana, sendo crucial evitar excessos que possam prejudicar suas raízes. Originário de climas áridos e quentes, o alecrim demonstra notável resistência ao calor do verão. A luz direta do sol é importante. Além de suas propriedades aromáticas distintivas, o alecrim destaca-se como uma planta ornamental de grande beleza. Sua capacidade de adaptação a diferentes estilos de poda possibilita a criação de arranjos estéticos variados, contribuindo para embelezar o ambiente em que é cultivado.
Manjericão: O manjericão é reconhecido por sua fragrância intensa, tornando-o uma valiosa planta repelente de insetos, além de um ingrediente essencial na culinária. Esta erva aromática requer umidade constante para um crescimento saudável, sendo recomendada uma frequência regular de rega. Em climas mais quentes, a rega diária é aconselhável, enquanto em condições mais frias, a rega em dias alternados é suficiente. Além disso, a exposição ao sol durante algumas horas diárias é fundamental para garantir o desenvolvimento vigoroso do manjericão.
Boldo: O boldo é apreciado por sua fragrância sutil, a qual oferece propriedades repelentes contra mosquitos. Para um cultivo vigoroso, é imprescindível proporcionar ao boldo uma exposição solar adequada, garantindo que receba luz e calor diariamente. Além disso, para manter a saúde da planta, é essencial adotar um regime de regas regular, preferencialmente a cada dois ou três dias, sempre que o solo se apresentar seco.
Hortelã: Sua plantação pode ser realizada tanto diretamente no solo quanto em vasos, em abundância. Quanto maior o volume de hortelã cultivada, maior será a exalação de aroma e menor a incidência de insetos! Além de suas conhecidas propriedades repelentes de moscas, mosquitos e formigas, a hortelã oferece diversos benefícios.
Arruda: É amplamente conhecida como uma das plantas mais famosas por sua capacidade de repelir moscas e outros insetos, sendo uma presença comum nos lares brasileiros. Além de sua beleza e aroma encantadores, a arruda é valorizada por sua habilidade de afastar energias negativas, ao mesmo tempo em que mantém os insetos indesejados à distância. Para garantir seu desenvolvimento saudável, é recomendável uma rega moderada, realizada uma vez a cada três ou quatro dias, sempre que o solo demonstrar sinais de secura.
Por: Grecy Andrade e Gisele Almeida | Assessoria de Imprensa da AGES