A onicofagia, conhecida como o hábito de roer as unhas, pode desencadear uma série de problemas na saúde bucal, alerta o professor do curso de Odontologia da Estácio, Jean Marcel de Oliveira. Além dos desgastes dentários, o ato de roer unhas pode resultar em fraturas dos dentes, especialmente nos elementos anteriores, onde a função é de corte e apreensão dos alimentos. “A unha, por possuir certa rigidez, pode ocasionar trincas e fraturas nos dentes, bem como em restaurações existentes”, explica o professor.
Além dos danos estruturais, o hábito também pode ser um veículo para a entrada de microrganismos e parasitas no tubo digestivo, acrescenta Oliveira. “Isso pode levar a uma série de complicações, incluindo diarreias e outros problemas gastrointestinais.”
Diante dessas possíveis complicações, surge a necessidade de estratégias para ajudar as pessoas a pararem de roer unhas e proteger a saúde bucal. Segundo o professor, o primeiro passo é o autoconhecimento, onde o paciente reconhece o hábito nocivo que pratica. “A substituição desse hábito por outras atividades, como apertar bolinhas antiestresse, pode ser uma alternativa inicial”, sugere Oliveira. “Manter as unhas sempre curtas também pode ajudar significativamente a evitar o hábito.”
Nos casos mais graves, o professor recomenda buscar auxílio psicológico para lidar com a ansiedade subjacente que muitas vezes está associada ao hábito de roer unhas. “É importante abordar não apenas os sintomas físicos, mas também as causas emocionais desse tipo de comportamento”, destaca Oliveira.
Portanto, é essencial conscientizar sobre os danos potenciais do hábito de roer unhas e promover medidas preventivas para proteger a saúde bucal e o bem-estar geral das pessoas.
Por: Daniela Cardoso | Assessoria Estácio Feira de Santana