Após uma moradora de Conceição do Coité viralizar por criar um sapo como bichinho de estimação, outra habitante da cidade também possui dois animais considerados inusitados para criação.
Iranildes Lima, 34 anos mora no bairro Açudinho e cria duas lagartixas pretas, espécie mais conhecida por calango. Ao Portal Massapê, a jovem contou que desde as vivências na Fazenda Alvoredo, zona rural do município, amava criar alguns animais exóticos.
“Tive gambá, teiú, coruja e uma cobra cascavel. Sempre amei os bichos, mas, precisei soltar e ficar apenas com as largatixas”, contou.
Os répteis de pouco mais de um ano ganharam o nome de Lulu e Pretinha, sendo as xodós da coiteense.
“Eu não prendo, deixo elas a vontade. A Lulu e Pretinha ficam no meu quarto e quando deito na cama, elas vão dormir no meu cabelo”, comentou aos risos.
Ela contou que muitas pessoas a criticavam, mas, acredita ser uma missão cuidar desses répteis.
“Eu digo que foram elas que me adotaram pois, desde que chegaram na minha casa, se aconchegaram e não conseguiram sair perto de mim. O amor que tenho por elas é o mesmo que que daria para um gato ou cachorro”, afirma.
Apesar das críticas por parte de algumas pessoas, principalmente da mãe, Iranildes decidiu seguir o coração.
“Minha mãe e algumas pessoas me chamavam de doida e até cogitaram que eu tava criando um filhote de jacaré. Sei que não é comum, mas, as lagartixas são seres inocentes e fico triste quando alguém tenta ou faz mal para elas”, complementa.
A largatixa
Nomes populares utilizados no Brasil: Lagartixa preta, Taraguira, Trauira, calango, Labigó
Nome científico: Tropidurus torquatus
Muito comum em todo o Brasil.
Dados ecológicos: lagarto mais abundante na área das caatingas e ambientes secos, mas também pode ser encontrado em casas, muros, cercas e outras áreas alteradas pelo homem.
Hábitos alimentares: come formigas, vespas, aranhas, besouros, larvas de inseto, grilos, baratas, além de caçar pequenos vertebrados.
Curiosidades: é um animal de sangue frio, como as cobras e os jabutis. Precisa se aquecer no início do dia e, para isso, toma sol. Caça por meio de espera. Possui escamas atrás do rosto, formando uma espécie de colar escuro. O macho é maior que a fêmea e protege o território. Quando notado, tenta se misturar ao ambiente e ficar quieto, ou correr para buracos e aberturas.
Locais de ocorrência ou visualização no campus: pode ser visto tomando sol nas pedras perto do Espaço Biodescoberta, no calçamento da passagem que vai do Centro de Recepção em direção ao Castelo, próximo à Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca e nos meios-fios do campus.* Informações da Fiocruz
CN | Reportagem Rafaella Rodrigues – Portal Massapè