Após a tragédia aérea no início da tarde de sexta-feira, 09, que resultou na morte de 62 pessoas entre passageiros e tripulantes de um avião da empresa Voepass que caiu em Vinhedo, interior paulista, surgiram relatos de baianas que moram na referida cidade e que presenciaram o momento da queda da aeronave em um condominio, mas ninguém que estava no local ficou ferido.
O Calila Notícias conversou na manhã deste sábado, 10, com a senhora Lice Santos que deixou Riachão do Jacuípe há 90 dias para morar em Vinhedo. Ela disse que estava em um ponto de ônibus no momento da queda do avião. Ela não deu mais detalhes.
Outra mulher apareceu em uma reportagem na televisão e uma pessoa reconheceu como sendo Rosana Rios, natural de Pé de Serra que fica a 30 km de Riachão. O CN manteve contato da entrevista com a pessoa que postou o vídeo do momento da entrevista, mas ela não tem, confirmou apenas que a pessoa é natural de Pé de Serra.
No trecho gravado pela pessoa que postou o vídeo a mulher conta que felizmente não teve nenhum ferido das pessoas que se encontravam nas proximidades do local do acidente, acredita ela que o forte barulho antes da queda da aeronave as pessoas ficaram precavidas.
Em relação a queda do avião a mulher disse que o piloto não tinha mais nada a fazer, descia muito rápido, o avião tocou numa árvore que fica próximo a sua casa, sendo atingida também pela asa, mesmo assim ganhou atitude, mas não conseguiu estabilizar e rodopiou, pensou que ia cair num terreno dela onde tem muitas árvores. A queda veio seguida de forte explosão, ” e a sensação que a gente tinha era que alguém pedia por socorro e a minha primeira reação foi pedir para alguém ligar para os bombeiros, para a polícia, porque eu sabia que a tragédia era inevitável. É uma coisa que vai ficar para sempre na minha cabeça, eu oro muito pelas famílias, a minha vontade era pegar o avião no ar e dizer fique ai paradinho, mas Deus sabe de todas as coisas”. concluiu.
Valentenses que moram em Vinhedo relatam momento de tensão com a queda do avião, ‘passou em cima do telhado da empresa com 300 funcionários’
Uma reportagem publicada no Blog do Sérgio Lima da cidade de Valente, trás a informação do momento de pânico vivido por mãe e filha.
A valentense Rosimeire de Oliveira relatou o momento de tensão que ela e cerca de 300 pessoas viveram dentro da empresa em que ela trabalha, que fica ao lado do condomínio onde caiu o avião em Vinhedo.
Segundo ela o avião passou por cima do telhado. “Foi um desespero aqui na firma, o avião caiu aqui pertinho, passou em cima do telhado da gente aqui. Foi um desespero, parecendo um terror, a mulher queria entrar para debaixo da mesa. Foi um grande livramento que Deus deu, porque o tanto de produtos químicos que tem aqui, se Deus livre o avião cai aqui em cima dessa firma, não ficava ninguém. Caiu em uma chácara aqui do lado, quando o barulho acabou a gente olhou e tava a fumaça subindo. Tá um terror aqui”.
Sua filha Soly relatou o clima na cidade após a tragédia. “Tá triste aqui, onde eu trabalho é na saída de Vinhedo, é perto da Santa Casa. Toda hora passa polícia, ambulância, tá um trânsito terrível, as ambulâncias passam cortando todo mundo, aquela barulheira de ambulância, polícia, bombeiros, toda hora passa carro. Tá um clima tão estranho e a gente perdeu o rumo, não tem como trabalhar direito, a gente fica tão preocupada, uma tristeza.”
Ela finalizou agradecendo por não ter caído na empresa que sua mãe trabalha. “Graças a Deus pelo livramento que Deus nos deu de ter livrado de ter caído na empresa de mainha.”