A prefeita de Cansanção, Vilma Gomes (MDB), se manifestou nesta sexta-feira (23) sobre a condenação de sete anos, aplicada por um juiz federal. A informação foi divulgada pelo Portal do Casé, na quinta-feira (22).
Vilma confirmou, por meio de nota, que recebeu o processo, mas que confia na “lisura e correição” dos seus atos. No mesmo processo, o marido dela, o ex-prefeito Ranulfo Gomes, e a filha do casal, Pollyana Gomes, também foram condenados. O ex-gestor, inclusive, foi sentenciado ao regime fechado. O trio, porém, pode recorrer em liberdade.
“Tenho plena confiança na lisura e correição dos meus atos, e durante o curso do processo vou demonstrar a minha inocência e a da minha família”, sustentou Vilma.
A prefeita, candidata à reeleição, aproveitou para afastar rumores de que estaria inelegível. “Infelizmente, algumas pessoas têm espalhado mentiras, dizendo que eu não posso ser candidata, o que também aconteceu na eleição de 2020. Tudo isso não passa de fake news! Essas pessoas que divulgam essas inverdades não têm nada de concreto para mostrar para nossa terra e nossa população, e por isso tentam enganar vocês com essas falsas informações”, pontuou.
LEI DE FICHA LIMPA
O Portal do Casé levou a informação para o advogado especialista em direito eleitoral Ademir Ismerim comentar. Ele concordou que, nesse momento, nada impede Vilma de concorrer ao cargo.
“A Lei da Ficha Limpa fala em condenação por órgão colegiado. Nesse período, a prefeita e os familiares devem recorrer ao Tribunal. Nesse momento, ela não está inelegível”, sustentou.
Na prática, uma pessoa só está inelegível caso esteja condenada em processo que mais de um juiz julgou.
“Nesse momento da eleição, está acontecendo o julgamento dos pedidos de registro de candidatura. Pela interpretação da lei, não há óbice para a prefeita concorrer. É uma briga judicial”, observou o advogado.
CASO
O ex-prefeito da cidade, Ranulfo da Silva Gomes, a esposa , a atual prefeita Vilma Rosa de Oliveira Gomes; e a filha do casal, Pollyana Oliveira Gomes,foram condenados à prisão por lavagem de dinheiro provenientes do que o Ministério Público Federal (MPF) chamou de “organização criminosa contra a Administração Pública”.
O órgão investigou o grupo por fraudes a licitações, desvio de recursos públicos, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.