O fazendeiro e ex-prefeito de Barrocas, José Edilson Ferreira, conhecido como Edilson da Madeco, anunciou, através das redes sociais que substituirá 500 tarefas plantadas com sisal por pastagens. A decisão foi justificada pela dificuldade de encontrar trabalhadores para desfibrar o sisal. Segundo Edilson, a área está há seis anos sem corte devido à escassez de mão de obra.
O ex-vereador Beto, filho de Edilson, confirmou a decisão em conversa com o radialista Rubenilson Nogueira na última quarta-feira (11). “A máquina tá lá trabalhando, empurrando o sisal para fazer as coivaras”, afirmou.
Beto demonstrou preocupação com o impacto na economia local e revelou que o pai pode tomar decisões semelhantes em outras áreas de sisal. “Tá difícil, e ele pretende queimar o resto de 600 tarefas da roça de cá. Ele disse que, se não arrumar oportunidade, se não tiver quem corte, vai acabando de uma por uma pra fazer pasto.”
Beto destacou que o sisal tem apresentado bons preços no mercado atual. “Falta mão de obra no sisal no preço que tá, na alta que tá… Tá pagando bem. É porque ninguém consegue entender de fato o porquê dessa escassez de mão de obra”, comentou.
O proprietário de motor de sisal, conhecido como Zé Cumbu, também relatou dificuldades em encontrar trabalhadores. Ele conversou com a reportagem neste sábado, 14 de dezembro, na feira livre da cidade, onde destacou os desafios enfrentados na lavoura do sisal em Barrocas.
A ausência de mão de obra para o cultivo, mesmo com o mercado aquecido, levanta questionamentos. A reportagem não conseguiu ouvir trabalhadores do setor para obter suas versões, mas, em matérias anteriores, como por exemplo uma da TV Record, foram apontadas condições precárias de trabalho, que podem ser consideradas como possíveis fatores para o desinteresse. Os motores de sisal ainda geram muitos empregos na região.
CN | Jornal a Nossa Voz