O cabo Joelson Bispo da Silva, da Polícia Militar da Bahia, é oficialmente desligado da corporação após ser suspeito de envolvimento no assassinato do próprio colega Erisvaldo dos Santos Pereira. A decisão foi assinada pelo comandante-geral da PM, Coronel Paulo Coutinho.
Joelson foi foi lotado no 6º Batalhão de Polícia Militar (BPM/Senhor do Bonfim). O corpo de Erisvaldo foi encontrado na manhã de 21 de junho de 2019 no anel viário de Euclides da Cunha, apresentando marcas de tiros.
A investigação revelou que o policial havia desaparecido na madrugada do dia 21, após participar de uma festa tipo paredão na cidade. Segundo a Polícia Civil, o crime pode estar relacionado a uma discussão entre Joelson e Erisvaldo após a vítima ter descoberto uma roça de maconha no município de Canudos.
Além de Joelson, José Carvalho da Silva, conhecido como “Arara”, também é investigado pela possível participação no homicídio.
Registros telefônicos detalhados pela polícia mostraram ligações entre Joelson e “Arara” na noite do crime, ou seja, uma contradição relacionada aos depoimentos dos suspeitos, que afirmaram não ter envolvimento no crime.
A advogada do cabo argumentou que as acusações contra seu cliente foram fundamentadas em depoimentos inconsistentes e críticas de supostas falhas na condução do inquérito. Apesar disso, o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) da Polícia Militar concluiu pela demissão do PM Joelson.
Embora a PM tenha concluído o PAD, o processo criminal segue sem uma publicação na Justiça comum.
CN | Fonte: euclidesdacunha.com.br / Cláudia Xavier