O prefeito Romerinho (Avante) de Quijingue, município do território do sisal, nem bem tomou posse, apenas 10 dias de mandato, já enfrenta um grande desgaste perante a população, de modo especial os servidores públicos que protestam pelo atraso dos salários de dezembro.
Eles, por meio do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Quijingue (SINSPUQ) estão indignados por não receberem seus vencimentos, e não tiveram o prazer de comemorar o natal e nem o ano novo.
A categoria encontra-se aflita com contas atrasadas e dificuldade de prover o sustento básico das suas famílias. O descaso do Município vem afetando, inclusive, o comércio local. Sem dinheiro circulando na cidade, servidores, famílias, comércio e serviços são fortemente impactados.
“Importante registrar que mesmo com salários atrasados, os servidores continuam mantendo os serviços do Município e cumprindo com seu dever. Contudo, em total desapreço pela categoria, a atual gestão municipal sequer prestou qualquer informação concreta ou previsão de pagamento”, disse uma servidora que preferiu não ser identificada por medo de represália.
Ainda conforme a servidora, nesse cenário caótico de salários atrasados e decretação de estado de emergência por parte do Município de Quijingue, chama ainda mais atenção que o Distrito de Algodões será palco de uma grandiosa festa, os festejos de São Sebastião, com grandes atrações e despesas altíssimas. A festa acontece no fim deste mês.
Por todo exposto, em assembleia-geral extraordinária convocada pelo SINSPUQ, os servidores aprovaram por unanimidade a formalização de uma denúncia junto ao Ministério Público do Estado da Bahia, uma paralisação de advertência no próximo dia 14, com ato em frente à prefeitura municipal e caso a situação persista, uma nova paralisação no dia 21, com a participação de centrais sindicais e sindicatos de toda região.
“Ficou decidido que hoje publicaremos uma nota de repúdio. Terça-feira iremos fazer uma paralisação de 24h, iremos nos reunir no sindicato 8h da manhã e de lá iremos para prefeitura, todos deveremos ir vestido de preto, ficaremos lá um período, iremos provocar o Ministério Público, o judiciário e convocar todos os sindicatos da região Nordeste II e os sindicalistas da UGT para nos ajudar a bloquear a BA que dá acesso ao povoado de algodões dia 21, se tem dinheiro para fazer festa milionária, tem dinheiro para pagar os servidores, para isso a gente espera também a participação de todos, podem chamar um vizinho um amigo para ajudar nessa luta”, relatou o presidente Edenilson.
Nossa reportagem não conseguiu manter contato com a Prefeitura, no entanto, deixa o espaço aberto caso deseje se manifestar através do e-mail [email protected].