Mais um misterioso desaparecimento deve ser apurado pelas forças de segurança do estado da Bahia. O caso mais recente envolve o pedreiro Roque Lima dos Santos, de 51 anos, visto pela última vez por volta das 22h do dia 2 de fevereiro próximo de um posto de combustível localizado na principal avenida de Ichu, saída para Serrinha e de lá para cá, os cinco filhos e demais familiares vivem diuturnamente à procura do mesmo.
Na cidade de Ichu equipes de socorristas voluntários da região e do Grupamento do Bombeiro Militar, Polícia Militar, equipes com cães farejadores fizeram buscas e até o momento o homem não foi encontrado, no entanto, a mochila e um bolsa menor pertencente a ele foram encontradas dentro do mato a cerca de 200 metros do local onde foi visto pela última vez. Roque Lima é tio da primeira-dama do município.
A reportagem do Calila Noticias esteve na cidade de Ichu na tarde de sábado, 15, para buscar informações detalhadas sobre este caso e conversou com Jeferson da Silva Santos, filho mais velho de Roque. Segundo ele, já se passaram 14 dias e nenhuma informação concreta, porém viu avanço depois que ele e os irmãos repercutiram o caso e a mochila foi encontrada uma semana depois nos arredores do local onde ele foi visto pela última vez.
Jeferson relatou para o CN que seu pai está residindo em Feira de Santana, onde mora de aluguel. Ele pagou a mensalidade na sexta-feira, dia primeiro deste mês, e teria dito que iria encontrar com uma mulher em Ichu para irem juntos até a cidade de Cansanção [distante cerca de 170 km] para comparar uma casa. “A dona do imóvel alugado a ele, disse que viu meu pai colocar a mochila nas costas e montar na garupa de uma ‘motouber’, ele chegou em Candeal, distante 10 km de Ichu, parou no bar de um conhecido da gente, chamado de Tatuzinho, que nos informou que ele tomou uma dose e ficou resenhando no bar, perguntei se meu pai saiu embriagado, ele falou que não, mas achou algo diferente nele quando sentou um pouco na porta do bar e de repente entrou correndo, ele perguntou o que tinha acontecido e meu pai disse que tinha alguém lhe seguindo”, disse Jeferson com base nas informações de Tatuzinho.
Ao sair do bar, uns conhecidos [pai e filho] que se encontravam em uma igreja ainda em Candeal mandaram ele entrar e que, ao finalizar o culto, dariam carona a ele até Ichu. Ele aceitou, sentou-se na primeira fileira de cadeiras e aguardou. Pai e filho levaram Roque até Ichu, ao chegar na cidade perguntaram onde ele iria ficar, “ficaram rodando na cidade e perguntando onde meu pai queria ficar, eles disseram que meu pai se mostrava assustado até que pediu para deixar ele próximo de um posto de combustível onde dá acesso ao Bairro do Cortiço, onde residem nossos familiares. O dono do carro tentou convencê-lo a permanecer no veículo que deixaria em casa, mas ele preferiu descer e disse que chegaria a pé. Ele me disse que deixou meu pai e comentou com o filho, tanto lugar para ele descer, desce aqui” [estrada de areia e sem iluminação] reproduziu Jeferson o que disse o cidadão que deu carona.
Questionamos se esta ideia dele de comparar uma casa, poderia estar com o dinheiro em espécie. O filho disse que ele não tinha o hábito de deixar dinheiro em conta, porém, não sabe também se ele tinha o dinheiro em mãos, seria R$ 20 mil. Ao CN, Jeferson disse imaginar que o pai optou por não aceitar a carona até a casa do seu avô, pai de Roque, por temer que fizessem o mal a ele e ao idoso.
Felipe Freitas, outro filho de Roque, disse que todos acham estranho a mochila do pai ter sido encontrada em um local que não é de difícil acesso, cerca de 100 metros da estrada que dá acesso à casa da família no bairro. A mochila foi encontrada com todos os pertences, inclusive algumas moedas e cédulas de dinheiro, cartões bancários, no entanto, o que ele considera o que o pai usava com mais frequência, o da Caixa Econômica, não foi encontrado.
A família garante que Roque não tem nenhum envolvimento com o mundo do crime, porém afirma que há comentários de que ele teria se envolvido com uma mulher de um suposto traficante. Informou também que ele foi morar em Feira de Santana, onde residem os filhos após sofrer ameaças.
A família inteira está em constante busca pelo pedreiro que é separado, mas o contato com os filhos era frequente, no entanto, desde o seu desaparecimento, não se comunica. Todos os filhos moram em Feira de Santana e vieram para Ichu procurar o pai.
Ver essa foto no Instagram
