Em um momento em que o Brasil está estreitando relações diplomáticas com Benin, a Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, leva seus estudantes e professores de Medicina para prestarem atendimento médico em vilarejos da região africana, para uma população de extrema vulnerabilidade. A 2ª edição da Missão África tem também como objetivo oferecer aos participantes uma oportunidade de desenvolvimento profissional e humanitário.
A Missão acontece de 13 a 28 de fevereiro, período em que os missionários visitarão e receberão pessoas de cinco diferentes vilarejos das cidades de Adjarra e Ganvie com a expectativa de atender 500 pessoas por dia com serviços de saúde e pequenas cirurgias.
O hospital Centre de Santé de Adjarra, já em funcionamento na região, servirá como base, mas a expedição será dividida em grupos com diferentes atuações para prestar atendimento aos vilarejos locais. Além de procedimentos cirúrgicos e visitas domiciliares, os missionários também atuarão em um Centro de tratamento para pacientes com problemas de Saúde Mental.
Durante a expedição, os consultórios serão organizados em galpões ou debaixo de árvores sombreiras próximas ou dentro de paróquias e cada um contará com um tradutor do dialeto Fonue para o francês, colaborador da própria comunidade. Os alunos se comunicarão por meio do francês básico. Está prevista a realização de diversas pequenas cirurgias e outros atendimentos.
Em Benin, a mortalidade infantil chega próximo dos 50% no primeiro ano de vida e a expectativa de vida é em média 53 anos. A maioria da população em Benin vive em extrema pobreza, não possuem saneamento básico, pouquíssimos têm acesso à energia elétrica e com acesso extremamente restrito à educação e saúde, já que não possuem escolas ou hospitais públicos.
Rodrigo Dias Nunes, diretor de Extensão Curricular, Extra-curricular e Travessia Humanitária da Inspirali, acredita que, para a maioria, esse seja o único atendimento que estas pessoas vão ter ao longo da vida.
“Aqui no Brasil, temos algo que faz toda a diferença para as pessoas: o SUS. Nas missões que realizamos por aqui, por mais difícil que seja, a população tem acesso a medicação e a exames. Em Benin, as pessoas nascem e morrem e não há registro dessas informações. Não adianta prescrever uma receita para continuidade de medicação pois não possuem dinheiro ou acesso para comprar. Muitas enfermidades poderiam ser solucionadas com uma boa alimentação ou o simples ato de beber água, mas lá eles não possuem estes recursos básicos”, conta.
Participarão da Missão 28 alunos, cinco egressos e oito professores das escolas UniBH (MG), Unisul (SC), Universidade São Judas Tadeu (SP), Universidade Anhembi Morumbi (SP), UniFacs (BA), Faseh (MG), UnP (PE) e Ages (BA).
O docente de Medicina da Ages de Irecê e coordenador de estágios, Thiago Magalhães, conta que participou de duas missões humanitárias na Amazônia, experiências que marcaram profundamente sua trajetória. “Nessas missões tivemos a oportunidade de atender as comunidades ribeirinhas da Amazônia. Agora, inicio o ano com um novo desafio que, com grande entusiasmo, aceitei: a Missão África. Desde dezembro, temos nos reunido virtualmente, com preparações e orientações detalhadas para garantir que a missão seja bem-sucedida e que
possamos atender às necessidades da população com a maior eficiência possível. Para aprimorar a comunicação, estamos tendo aulas de francês, já que a língua oficial do país é o francês, embora a maioria da população fale dialetos locais”, revela.
Ainda segundo o médico, cada missão é uma oportunidade de aprendizado e evolução, tanto para os que atendem quanto para os que são atendidos. “Participar de uma missão como esta representa não apenas um desafio pessoal e profissional, mas também a oportunidade de fazer a diferença na vida de muitas pessoas. A experiência adquirida em cada missão, o aprendizado coletivo e as histórias de vida que compartilhamos são, sem dúvida, os maiores legados que podemos levar conosco. É uma oportunidade única de contribuir, mas também de crescer enquanto ser humano”, finaliza.
Sobre a Inspirali
Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos e 15 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal – e importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG), Irecê̂ (BA), Jacobina (BA), Guanambi (BA), Brumado (BA) e Tucuruí (PA).
As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos
(robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.
Por: Grecy Andrade | Comunic.ativa