De acordo com um dos líderes do movimento, conhecido por Zé Meneses, a propriedade não cumpri sua ação social e não é utilizada por aqueles que dizem serem donos. A fazenda foi ocupada por 100 famílias e no seu interior estão mais de 150 pessoas integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, que já ocuparam a fazenda três vezes e todas às vezes foram retiradas através de mandatos judiciais, fixando seus barracos próximos á cancela do principal acesso a terra.
Os trabalhadores lutam pela aquisição desta área de terra há quinze meses e disseram a equipe do CN que já foram ameaçados diversas vezes, inclusive na noite de 12 de dezembro, tiveram os barracos incendiados.
O clima de tensão que vivi esta área é do conhecimento do INCRA e da CDA, segundo informações de um trabalhador que solicitou para não ser identificado. “Nós não vamos desistir”, afirmou o integrante do MST. A Fazenda fica no Km 103 da BR 324, lado de quem segue de Nova Fátima para Gavião.
Os trabalhadores passaram todo dia de quinta-feira (13), armando seus barracos na frente da casa sede e muitos deles ocuparam as cocheiras dos animais, a casa do vaqueiro e a sede, pois estavam todas com as portas arrombadas. “Nós não arrombamos nada. Estava tudo aberto”, garantiu uma senhora do movimento.