O deputado Tom Araújo (DEM) fez o seu primeiro discurso da tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira (16), durante a 2º sessão ordinária desta 17ª legislatura. O democrata foi muito centrado, firme, coerente e muito tranquilo quando iniciou falando da satisfação de suceder o gabinete do ex-deputado Emério Resedá, que em sua opinião fez um trabalho importante no poder legislativo ao longo de cinco mandados. “Foram vinte anos de serviço prestado a minha região, ou seja, a região do sisal e bacia do Jacuípe” relatou o parlamentar referindo-se ao ex-deputado Resedá
No segundo momento do discurso, Tom lembrou da presença do governador Jaques Wagner na abertura dos trabalhos e disse que usou de muito “galanteio”, “que é próprio dos bons políticos, que chegam com uma sedução muito grande e chegou falando de corte, seguindo os cortes da presidente Dilma Rousseff. Não entendi como o governador veio a esta casa falar de corte e anunciou que vai criar mais secretarias no estado, num gesto de muito incoerência”, pontuou.
Tom deixou claro que irá fazer uma oposição com responsabilidade e disse que estará atendo para fiscalizar e fazer valer os 63% dos votos obtidos pelo governador Jaques Wagner na eleição de 2010. “O povo merece que o governador cumpra os compromissos de campanha e não simplesmente na primeira mensagem do ano falar em corte no orçamento no valor de R$ 1,1 bilhões, simplesmente porque está seguindo os cortes da presidente Dilma Rousseff”, falou o democrata.
O parlamentar disse ainda que ficou estarrecido quando viu o Partido dos Trabalhadores defender o salário mínimo no valor R$ 545,00. Para Tom é muito triste saber que o PT que sempre defendeu os trabalhadores e em especial os trabalhadores rurais e neste momento ficou contra a proposta dos democratas onde aumentaria apenas R$ 15,00, passando para R$ 560,00. “Vi nesta discussão a defesa pelo salário mínimo, literalmente falando, de quem já usou a massa a seu favor e aquele que voltaram contra a proposta do democrata não terão orgulho de voltar para suas bases e olharem de frente para os seus eleitores. Estes eleitores vão questionar de todo os deputados que votaram pelo salário de R$ 545 porque eles votaram contra os trabalhadores”, finalizou.
Por: Valdemí de Assis / foto reproduzida por Raimundio Mascarenhas na TV Assembleia