Um momento inusitado marcou a noite de sábado, 6 de dezembro de 2014, de dezenas de pessoas que ocupavam os bancos de uma pequena igreja evangélica do Bairro Nova Esperança, em Conceição do Coité, quando o sargento da Polícia Militar Jobson Feliciano, conhecido por Jobinho, em plena atividade, e no comando da guarnição parou a viatura na frente da igreja e atendeu a um convite do pastor para adentrar no referido templo, o mesmo aceitou ao convite e de imediato assumiu ao microfone e numa demonstração de afinidade com os irmãos, cantou um louvor, e segundo ele depois de cerca de 7 minutos, deixou a igreja e continuou normalmente as rondas pela cidade.
Um vídeo foi gravado e logo estava nas redes sociais, de maneira que despertou o Calila realizar uma entrevista com o soldado que é natural de Conceição do Coité, tem 46 anos, e está na PM a 25 anos. Segundo ele nesse período passou por Feira de Santana onde começou, depois Ipirá, São Gonçalo, Paulo Afonso, Jeremoabo, Candeias, Alagoinhas, Salvador, Serrinha, Retirolândia e agora em sua terra natal onde segundo ele pretende ficar até sua aposentadoria.
Entrevista com sargento Jobson
CN – Jobson o que aconteceu você visitar a igreja e como se não lembrasse que estava em atividade entrou na igreja para louvar?
JF – Deus falou no meu coração desde quinta-feira (dia 4) dois dias antes, quando iniciava uma festividades de senhores naquele lugar, e eu disse: vou passar por lá sábado fardado, porque Deus falou comigo, Dai a gente precisa cumprir a missão de atender a sociedade, e toda hora que eu pretendia ir a igreja aparecia um problema e tinha que resolver, quando sanou tudo eu fui pra lá, mas foi chegando o pastor me chamando, dai os holofotes as pessoas olhando pra mim,foi quando falei que, o que ali estava fardado, não era mais um soldado da PM, não era o sargento, e sim um servo de Deus, ali era a imagem do Senhor Jesus Cristo, Deus me usou grandemente e eu louvei a Jesus com aquele hino, a igreja toda se emocionou, foi tremendo.Nós temos que mostrar a população a diferença porque sou policial militar, há três anos aceitei a Jesus, vim de berço evangélico, estava afastado, não desviado, porque ninguém se desvia do caminho do senhor. Nós temos que mostrar a todos que policial também pode ser crente, uma vez que somos autoridades constituídas por Deus, é bíblico.
CN – Você conhece as coisas do mundo e se afastou, e agora muito presente na religião, como se comporta perante as duas situações?
JF – Eu trabalhando as pessoas devem me respeitar como profissional da segurança pública, na minha folga eu sou servo de Deus, mas ali também na minha função, não é só prender ou combater a criminalidade, nesse serviço que vem fazendo encontro formas de evangelizar, e já tem almas que estavam perdidas que já foram salvas, já retornou para os braços de Jesus. Encontro pessoas que choram quando estou evangelizando, principalmente nos bairros periféricos que são considerados pontos de tráfico, mas vou sem temer a nada, vou de peito e cara por ser servo de Deus, e quem teme ao senhor não tem medo de nada.
CN – O militarismo é tido como exigente e rigoroso. Você não teme receber punição depois desse vídeo?
JF – O capitão (Agassiz) que assumiu recentemente o comando da PM em Coité está satisfeito com nosso serviço, ele também é servo de Deus, e eu não tenho medo de divulgar o que faço por Deus, eu fiz porque ele (Deus) me chamou naquele lugar, e mais vezes eu vou fazer, para onde for convidado estarei lá, vou trazer um grupo de policias fardados de Feira de Santana para um culto. O que fiz faria novamente, uma vez que estou amparado por Deus,primeiro eu fiz o serviço da sociedade, desde quando não atrapalhou o serviço nenhum, fiz minha parte também com Deus, apesar de meu comandante também ser servo do senhor, ele me mandou uma mensagem me parabenizando e isso me engrandeceu ainda mais, porque tenho o apoio de Deus que é primeiro lugar e do meu comandante.Nós temos que fazer a diferença, vamos nos unir, temos vários policiais evangélicos,e quem sabe em nome de Jesus vamos unir todos em uma só função que é servir nosso Senhor Jesus Cristo.
CN – Como fica sargento Jobinho no momento de uma diligência policial pesada, quando a guarnição necessite quem sabe, entrar em um combate e até trocar tiros com marginais ?
JF – Bom. No momento do combate sai o irmão Jobinho e entra o sargento Jobson, A bíblia fala que a autoridade que Deus me deu é constituída por ele e é para ele, se as pessoas não obedecerem a nossa função, a nossa ordem e a nossa determinação, e entrar em confronto conosco, nós temos que nos defender, estamos amparados, nós temos nosso armamento, não vai mudar nada em um possível combate, entre a minha vida e a dele se ele vacilar vai a dele, a bíblia diz que devemos vigiar, e vigiar é isso ai, se um individuo puxar uma arma pra mim, eu vou ter que me defender, eu me formei pra ser policial militar, então se um meliante está na criminalidade e eu der a voz de prisão a ele e vier com armamento com ameaça, nós vamos agir da mesma forma. O papel do policial é prender, não matar, a gente cumpre o que manda a lei, depois de abordar o suspeito ou acusado apresenta a Delegacia.
Redação CN