O PT (Partido dos Trabalhadores) entrou com uma ação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) na última terça-feira (26) para pedir o mandato da senadora e ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (sem partido-SP), que deixou o partido no final de abril.
Em nota, o PT pede à Justiça Eleitoral a “decretação de perda de cargo eletivo da senadora Marta Suplicy, por desfiliação partidária sem justa causa”.
Embora Marta tenha dado suas razões para a saída do PT na ocasião, o partido alega que “as reais razões da saída se devem à ambição política da senadora e a um oportunismo eleitoral, por isso, a senadora resolveu buscar espaços em outros partidos”.
A nota oficial, assinada pelo presidente do Diretório Estadual do PT-SP, Emídio de Souza, informa que “nunca o PT a isolou, estigmatizou ou cerceou suas atividades partidárias ou parlamentares”. Pelo contrário, Marta teria sido “sucessivamente prestigiada, com o apoio da militância e das direções petistas”.
O PT reclama que, “lamentavelmente, a senadora retribui com falta de ética e acusações infundadas, a confiança e apoio que o PT lhe conferiu ao longo dos anos”.
— Ao se demitir do dever de servir ao partido pelo qual foi eleita, a senadora incidiu em renúncia tácita de mandato, renúncia lógica e auto-evidente.
Por isso, o partido argumenta que tem a “inegável legitimidade para reivindicar judicialmente o cargo eletivo de Marta Suplicy, concedendo o mandato ao segundo suplente, representante do partido”.
Marta Suplicy deixou o PT no dia 28 de abril deste ano. Na sua carta de demissão, alegou que foi “isolada e estigmatizada” e afirmou que o partido foi “protagonista” em um dos maiores escândalos de corrupção do País.
Depois, a senadora divulgou um vídeo em que disse que “o PT acabou se desviando do caminho e se contaminando com o poder”.
R7.com