O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) utilizava verba de empresários para defender seus interesses no exterior, segundo documentos obtidos na Operação Lava Jato – ele era chamado pelo codinome de “Brahma” pelos diretores da OAS.
De acordo com a Folha de S. Paulo, Lula teria, em 2013, viajado pela América do Sul com executivos da OAS, Camargo Corrêa, Odebrecht e Andrade Gutierrez, além de empresas do porte da Embraer e Eletrobras e afirmado que “não se deve ter vergonha” se há interesse financeiro. Porque “todo mundo que é empresário precisa ganhar dinheiro”. A declaração foi feita ao presidente do Peru, Ollanta Humala, sugerindo aliança com o empresariado. Conversas por mensagens de texto capturadas em celulares de executivos da OAS indicam que a empreiteira não só deixou um avião à disposição do ex-presidente para que viajasse ao Chile, em novembro de 2013, como ajudou a definir sua agenda em Santiago.