Mais uma vez a tradicional cavalgada sertaneja de Conceição do Coité, que acontece sempre no último dia da exposição, foi sucesso de público, de acordo com seus organizadores. Em sua sexta edição, a cavalgada realizada na tarde de domingo (03), por um grupo de amigos liderado por Áureo Oliveira Carneiro, conhecido por Aurinho de Juíca, reuniu cerca de dois mil participantes. Para Aurinho, o objetivo da cavalgada é a confraternização das pessoas que gostam da festa. “Observamos que o número de participantes cresceu bastante em relação ao ano anterior. Isso é uma demonstração do sucesso deste evento”, ressaltou.
Além da emoção de cavaleiros e amazonas, o evento gerou grande entusiasmo na população, que, da porta de casa ou mesmo das calçadas, prestigiou o evento e aplaudia o cortejo ao longo do trajeto.
O desfile saiu por volta das 16h do largo da prefeitura, passando pela Praça da Babilônia, e ruas Marechal Deodoro, Floriano Peixoto, Largo do Mercado, João Benevides e desceu a Antônio Calixto da Cunha, seguindo até o Parque de Exposição, onde uma multidão aguardava. O percurso, de quase 03 quilômetros, durou cerca de duas horas. No cruzamento da BA 409 com a 411 teve um grande congestionamento de veículos, devido ao grande número de cavalos. Dois mine trios com boidores fizeram a animação do percurso, o primeiro com o locutor ” Craque” da cidade de Valente. O belo visual dos grupos de montaria foi visto por centenas de curiosos.
Foram premiadas diversas categorias, dentre elas os grupos mais organizados, vaqueiros das comunidades mais longe, mais velhos, mais novos, bem trajados e ás amazonas que mais se destacam. “Participo sempre de todas as cavalgadas, porém, não há dúvida que esta de Coité, se tornou uma das melhores do estado”, afirmou o vaqueiro Paulo Santos Lopes, residente na comunidade de Santa Rita de Valente.
Importância da Cavalgada – O potencial da cavalgada foi observada, principalmente pelas pessoas que assistiram a chegada do Alto do Coiteezinho, as margens da rodovia BA 411 Coité/Salgadália, conforme mostra a foto acima do repórter fotográfico Raimundo Mascarenhas. A veterinária Ana Patrícia, natural do Mato Grosso, disse ao CN, que basta apenas noções básicas de equitação para que o cavaleiro possa manejar com segurança o animal. “Curtir a natureza ao som do trote de um cavalo é um passeio seguro para todas as idades. A cavalgada é um meio eficiente de percorrer longas distâncias e atingir regiões cujo terreno apresenta obstáculos. O cavalo é a melhor forma de se locomover no Pantanal, por exemplo, pois atravessa áreas alagadas, onde há muita água para o veículo motorizado”, relatou Patrícia, enquanto observava a cavalgada subindo a ladeira do Tanque do Governo.
A cavalgada fazia parte da vida da maioria das pessoas não faz tanto tempo assim. Não havia tanta tecnologia e nem muitos meios de transporte a nossa disposição. Mas, lá estava o cavalo para nos servir como meio de transporte de pessoas e até mesmo de carga. “Podemos perceber diversos empregos da cavalgada como no caso do esporte que vai desde a corrida de argola, a vaquejada até o turfe e o hipismo. Vivemos em um ambiente absolutamente competitivo e estressante nas cidades e hoje se usa a cavalgada como atrativo ecológico/turístico em muitos hotéis-fazenda para proporcionar momentos de relaxamento e prazer aos turistas”, finalizou a veterinária apaixonada por cavalos.
Ao final da cavalgada, no palco do parque foi realizada as premiações.
Por: Valdemí de Assis / fotos: Raimundo Mascarenhas