s universidades públicas da Bahia farão uma paralisação de um dia nesta terça-feira (1º). De acordo com a Associações Docentes (ADs) das Universidades Estaduais da Bahia (Uneb, Uefs, Uesb e Uesc) a mobilização é para pedir que os deputados estaduais aprovem uma emenda à Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2016 para majorar o a verbas das universidades. Segundo a diretoria do sindicato, o ato público deve acontecer em frente à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), às 10h, e tem também como objetivo denunciar o “processo de precarização, imposto pelo governo Rui Costa, à educação pública superior da Bahia”.
Para a atividade ônibus trarão manifestantes dos campi de várias regiões do interior do Estado. Segundo o sindicato, desde 2012, os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) reivindicam maior orçamento à educação pública superior. Devido à política de arrocho orçamentário, as verbas destinadas pelo Estado as Ueba não acompanham o crescimento das mesmas. A cada ano aumentam o número de estudantes, de cursos de graduação, pós-graduação, laboratórios de pesquisa, e a necessidade por maior número de professores concursados. Segundo o diretor da Aduneb, Milton Pinheiro, para suprir as demandas de ensino, pesquisa e extensão, é necessário tanto uma emenda à LOA do próximo ano, quanto o aumento da repasse da Receita Líquida de Impostos (RLI) dos 5% atuais para 7%. Estudos mostram que as perdas no orçamento das Ueba, acumuladas de 2013 a 2016, equivale a mais de R$ 73 milhões.
No entanto, o recurso previsto na LOA do próximo ano, para as Ueba, é o mesmo de 2015. Os cálculos são do economista da Uesb, Marcos Tavares. Para, ao menos, recompor o orçamento e garantir recursos suficientes para as demandas dos setores de manutenção, custeio e investimento, os professores reivindicam uma suplementação à LOA 2016 dos mesmos R$ 73 milhões de déficit causados pelo Estado.