Se você puder escolher qualquer cidade para estudar no ano que vem, deveria seriamente considerar Paris.
Ou, como outra opção, a cidade australiana de Melbourne. Vale citar que a análise foi feita antes dos atentados terroristas de 13 de novembro na capital francesa.
Essas são as duas cidades que encabeçam o ranking das melhores para estudar em 2016, produzido pela consultoria britânica em educação superior QS (Quacquarelli Symonds).
A QS leva em conta cinco aspectos nessa classificação: a colocação das universidades da cidade em um ranking mundial, qualidade de vida, diversidade dos estudantes, acessibilidade econômica (custo de vida) e oportunidades de trabalho após a graduação.
Fundada em 1990, a QS se especializou em educação internacional. Para a edição 2016 do índice, analisou 75 cidades.
As que ocupam as cinco primeiras posições são: Paris, Melbourne, Tóquio, Sidney e Londres.
São Paulo, a única brasileira no ranking, ficou em 65º lugar, atrás de outras cidades da América Latina, como Buenos Aires (32º) e Santiago (49º).
“Para ser incluída, cada cidade deve ter mais de 250 mil habitantes e sediar ao menos duas universidades que integram rankings da QS”, informa a organização em sua página na internet.
Critério educacional
O ranking específico da QS sobre qualidade das universidades no mundo é conhecido como QS World University Rankings.
Se a qualidade das universidades fosse o único critério da lista das melhores cidades para estudar, a relação seria diferente. Londres, Paris, Tóquio, Seul e Nova York ocupariam os cinco primeiros lugares.
Paris, no entanto, não se destaca apenas pela qualidade das instituições de ensino – é a segunda cidade com mais universidades no top 75 da QS, com 18 –, mas também pelo baixo custo, qualidade de vida e mercado de trabalho sólido.
No caso de Melbourne, as perspectivas de trabalho, a diversidade de nacionalidade dos estudantes e a qualidade de vida levaram a cidade ao segundo lugar no ranking.
Segundo a QS, o município é o primeiro do mundo em diversidade estudantil, sexto em perspectivas de trabalho e oitavo em qualidade de vida.
Os melhores alunos
Tóquio, por sua vez, está entre as cidades que mais atraem estudantes, não apenas pela qualidade de vida, mas também pelas oportunidades de trabalho que oferece a recém-formados.
No entanto, a pouca diversidade da população estudantil – 63º lugar em nível global – explica o terceiro posto no ranking.
Outra cidade australiana que aparece nas cinco primeiras posições é Sidney, cuja qualidade de vida é vista como determinante na hora da decisão sobre o local de estudos.
Londres se destaca – apesar do alto custo de vida, sobretudo em hospedagem – pelo fato de sediar algumas das melhores universidades do mundo e pela imagem positiva entre estudantes internacionais.
A categoria de oportunidades de trabalho procura fornecer uma indicação sobre as cidades mais admiradas por empregadores.
Entre os indicadores levados em conta na construção desse índice específico estão uma pesquisa anual da QS com empregadores internacionais, na qual eles indicam as instituições que formam os melhores profissionais em seu setor.
Nessa categoria, as cinco primeiras posições ficaram com Tóquio, Boston (EUA), Londres, Pequim e Seul.
Considerada apenas essa categoria, São Paulo está em 18º lugar no ranking global. A cidade ficou ainda em 34º lugar em custo de vida, 72º em diversidade de estudantes e 73º em qualidade de vida.
G1.com