Alguns bairros de Conceição do Coité no setor adjacente ao Terminal Rodoviário, exemplo do Bairro Rua Nova, Cruzeiro, Jaqueira, Avenida Luiz Eduardo, Senhora Santana, Conjunto Habitacional Cidade Jardim, estão às escuras desde as 16h30 de ontem(04/01) depois de um apagão. A situação é bastante critica e pode ser considerada a primeira vez pelo menos nos últimos 25 anos, que ocorreu um apagão dessa proporção na cidade, depois da privatização da COELBA é a primeira vez. Situação que pegou muita gente desprevenida, da simples dona de casa que há muito tempo aboliu o candeeireiro e não mais comprou vela.
Mas a situação mais grave mesmo é para o comercio de frios e congelados. O Calila Noticias visitou dos mercadinhos e constatou a revolta dos seus proprietários com os prejuízos.
Nelson Batista de Oliveira é proprietário de um mercadinho na Rua Afonso Pena, Bairro Rua Nova, vizinho ao Clube da AABB. Segundo ele o prejuízo pode chegar a R$ 6 mil, pois todos os produtos que devem ser mantidos na geladeira a exemplo do presunto, queijo, iogurte, hambúrguer, bebidas fermentadas, enfim, diversos produtos que uma vez descongelados, não é permitido sua comercialização.
“Eu acho um absurdo isso, depois que faltou energia trabalhamos até às 20h a base da luz de vela, dormimos com vela, amanhecemos passamos de 24 horas sem energia, e o pior, não temos informações que hora vai chegar. Já fiz várias ligações para central de atendimento, mas não consigo falar com ninguém, apenas voz gravada e pede para protocolar o pedido e pronto”. Lamentou o comerciante.
A comerciante Regina de Oliveira Almeida tem quase trinta anos de mercadinho, disse que nunca viu situação de apagão tão demorada e consequentemente teve o maior prejuízo com o descongelamento dos produtos. Ele mostra a situação do picolé (foto acima), que já deixou o estado sólido e virou liquido, segundo ela, assim estão centenas deles como também os potinhos de sorvetes. E por ter um ambiente escuro que mesmo durante o dia utiliza luz artificial, ela precisou de uma lanterna para mostrar os produtos estragados.
” Eu pago quase quinhentos reais de energia por mês aqui, e como se não bastasse ter que entrar pela noite despachando a luz de velas, tive que ficar também a luz de velas até 03h da madrugada tirando nota, pois precisava levar para contabilidade e a sorte ainda é que uso talão, se fosse eletrônica não tinha feito nada até agora”, afirmou a comerciante.
No bairro dos mercadinhos prejudicados pela falta de energia a maior procura parece ter sido mesmo as tradicionais velas, pois no momento que o CN esteve nos mercadinhos percebeu a chegada de algumas donas de casa procurado o paliativo, a exemplo de Dona Maria Sonia, disse que nunca mais comprou velas, na hora que precisou encontrou apenas uma e “se viu apertada” ter que passar a noite toda com uma vela. Do mercadinho de Regina levou um pacote até porque não sabe quantas precisa até a chegada da energia.
Prefeitura providenciou gerador para inaugurar Central de Serviços
Diante da incerteza do horário de retorno da energia para o setor onde está a Central de Serviços, que será inaugurado oficialmente no inicio da noite de hoje, com a presença do secretário do Trabalho Emprego e Renda Alvaro Gomes, deputado estadual Alex da Piatã, prefeito Assis, Antonio Carlos Tramm, presidente da Juceb; de vereadores, secretários municipais e lideranças diversas, a Prefeitura providenciou um gerador para iluminar o ambiente.
Batizado de Central de Serviços o antigo terminal rodoviário, além de guinches para compra de passagens e embarque e desembarque de passageiros também terá uma gama de serviços. No local há uma lanchonete e banheiros públicos, inclusive com acessibilidade.
COELBA disse que problema do apagão não é só Coité
O CN entrou em contato com a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia – COELBA na tarde desta terça-feira, 05, e uma senhora que atende pelo prenome Carol e ela informou que falou com a pessoa responsável pela área de Coité que disse está ciente da situação, já aumentou o contingente, e vem trabalhando para solucionar o mais rápido possível. Afirmou também que foram vários pontos em toda região, não apenas Conceição do Coité, e que o “mau tempo” foi quem provocou tudo isso.
Redação CN * Fotos: Raimundo Mascarenhas