O governador Rui Costa (PT), recebeu o deputado Alex da Piatã (PMDB) em audiência no final da tarde desta segunda-feira (25), na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia, e confirmou sua presença nesta terça-feira (26), ás 14h30 na cidade de Riachão do Jacuípe. O governador irá visitar o bairro da Barra, um dos mais atingidos pelas cheia do Rio Boqueirão, um dos locais onde estão alojando as famílias e os trechos danificados na BR 324 e BA 120.
Para obter um panorama geral sobre os danos causados pelas chuvas na Bahia, o governador Rui Costa relatou ao parlamentar que se reuniu com representantes de diversos órgãos e secretarias estaduais, anterior a sua audiência, e contou que é absolutamente inédito o volume de chuva que caiu em janeiro no estado. E em algumas regiões, corresponde a, no mínimo, duas vezes a média histórica. “Já temos números de [que superaram] até quatro vezes a média histórica, em termos de volume de chuva”, afirmou o governador.
Segundo Rui Costa, estima-se que 700 famílias estejam desalojadas ou desabrigadas em razão das chuvas na Bahia e no decorrer desta semana, conforme a água for baixando, o Governo do Estado terá condições de elaborar um diagnóstico mais preciso e realizar os devidos encaminhamentos, como a formalização de pedido de ajuda financeira ao governo federal, por meio do Ministério da Integração Nacional.
“Tivemos prejuízo em alguns trechos de estradas. Uma ponte [no município de Itiúba] se perdeu e alguns trechos de adutoras [responsáveis por fazer a captação de água para abastecimento humano] foram levados pela água [da chuva]. É a natureza surpreendendo. Há aproximadamente 15 dias, estávamos aqui fazendo um alerta sobre a seca. Hoje, estamos aqui fazendo alerta de enchente”, ponderou o governador.
Além de Riachão do Jacuípe, o parlamentar falou sobre Cipó, município que também visitou. Segundo Rui, além destes dois municípios citados por Alex da Piatã, Coribe, Santa Maria da Vitória, Santa Rita de Cássia, São Félix do Coribe, Jaguaquara e Jeremoabo já decretaram estado de emergência.
“Durante a visita in loco a cidade de Riachão do Jacuípe, teremos a precisão de quantas pessoas estão desalojadas, ou seja, tiveram que sair temporariamente das suas casas, e também das desabrigadas, que perderam as suas casas. Portanto, teremos a precisão do número de casas que precisarão ser reparadas ou reconstruídas”, explicou Rui.
Outro assunto discutido na audiência foi sobre a ponte que dá acesso ao município de Itiúba e foi arrastada com a força das águas, o governador explicou que foi realizado um desvio para garantir o acesso às cidades vizinhas. “Vamos imediatamente fazer o projeto para refazer as estradas e a ponte. Já há máquinas e equipamentos do estado restabelecendo rodovias provisoriamente. A Embasa e a Cerb trabalharam durante todo o final de semana restabelecendo linhas e adutoras”.
O governador destacou ainda o trabalho da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros, que têm atuado juntos no resgate de vítimas, inclusive, com suporte aéreo, a exemplo do resgate em Nordestina e lamentou e morte do bombeiro Eduardo Santos Góes, que faleceu em Feira de Santana quando estava salvando uma família ilhada.
Ele também falou sobre algumas ações do governo do estado a exemplo da distribuição filtros de água, água potável, colchões e cestas básicas pelas voluntárias sociais.
Defesa Civil – No encontro desta segunda (25), o titular da Defesa Civil do Estado, Rodrigo Hita, explicou que, quando um município declara estado de emergência, o órgão imediatamente encaminha técnicos à cidade para ajudar a prefeitura a montar o sistema de comando de operação, que ajuda a definir o que cada secretaria deve fazer no momento de crise.
“Quando a água baixa que a gente vê os prejuízos reais. Nós, juntamente com técnicos das prefeituras, ajudamos na elaboração do plano de resposta para o governo federal, tanto para o Cenad [Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres], que é o órgão de resposta, que pode, por exemplo, pagar o aluguel social para as famílias, quanto para a diretoria de reconstrução, do Ministério da Integração, da Defesa Civil Nacional, para reconstruir os prejuízos em vias públicas e particulares que tiverem na cidade”, informou Rodrigo Hita.
SAC móvel – O deputado Alex da Piatâ também esteve com a coordenação do SAC móvel reivindicando o atendimento na cidade, pois a maioria das famílias perderam seus documentos quando as residências foram inundadas. Outra preocupação do parlamentar é com os móveis que foram perdidos.
Redação CN