“Não estou com pressa de morrer, mas quando isso acontecer não quero dá trabalho a ninguém. Também não quero se enterrada em qualquer caixão”, esse é o pensamento da dona de casa Maria José Pereira de Santana, que segundo ela tem cinquenta e poucos anos.
O Calila Noticias foi informado que Maria José mora na Travessa Dionísio Pinto, em Conceição do Coité e resolveu conhecer de perto essa história pouco comum. Ao chegar nossa equipe foi recebida por uma pessoa bastante vaidosa, que pediu para se arrumar, pois,”não gosto de sair desarrumada, e pior sair em foto”, falou com humor e vaidade.
Enquanto ela se arrumava flagramos fotos e adereços diversos que confirmavam sua vaidade e o gosto pela vida, mas então, o que levou essa mulher a comprar o seu próprio caixão e guardar em casa? Ela disse que pagava um plano funeral a cerca de 1 ano e 10 meses, foi em alguns enterros e observou que os caixões disponibilizados para os sócios da funerária tinha qualidade inferior ao que ela entende que deveria ser colocada quando fosse para morada eterna, “ai eu pensei, não quero desse tipo pra mim não. Suspendi o pagamento, isso no ano 2011, fui em uma funerária e o que achei mais bonito, perguntei quanto era, o dono disse dois mil e duzentos, eu disse quanto você faz pra eu pagar agora, ele disse: dois mil, ai paguei em dinheiro todo na hora. Deixei lá (na funerária) por um tempo e pensei também, se no dia que eu morrer não mandarem o que um comprei? Foi ai que levei pra minha casa onde está guardado, embaladinho e sei que vou nele”, afirmou Maria José.
Apesar dessa atitude ela garante que não pensa e nem quer morrer agora, a compra só foi mesmo para garantir um caixão de qualidade para ser sepultada. Mãe de único filho (reside em Salvador), ela mora sozinha e garante que vive apenas da pensão, não tem dinheiro, mas também não tem divida nem na padaria, nem em farmácia, em lugar algum. “Não tenho dinheiro não viu.Portanto quando eu morrer não deixo herança nem também débito”, falou com humor a dona de casa.
Ela disse que recentemente passou numa funerária para apreçar o mesmo caixão, disse que hoje está custando R$ 5 mil. Afirmou também que reconhece, se a pessoa em vida não vê problema em sem enterrada em qualquer caixão e por não ter condição, o caixão pode ser qualquer um, essa decisão sua não quer dizer que todos devem agir assim.
Redação CN/ Fotos e vídeo Raimundo Mascarenhas
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