A ausência do prefeito Almiro Costa Abreu Filho (PT), nas festas populares e religiosas de comemoração ao padroeiro São João, aumentou as conversas em torno do discurso principal da oposição, ou seja, não é visto no município e segundo o líder do grupo opositor Wellington Cavalcante de Gois (PR), Almirinho, como é conhecido o prefeito, em 2016, o mesmo não compareceu um dia na cidade.
Nininho Gois, como é chamado o líder da oposição, ao falar para o CN, lamentou essa postura do chefe do executivo e que segundo ele vem deixando o município em condições difíceis. Nininho lamentou também que a gestão esteja entregue aos secretários, alguns deles, de outras cidades e sem compromisso com a comunidade. “Estamos necessitando urgente de uma nova gestão comprometida com o município, pois estamos todos sofrendo e acredito que a resposta desta realidade que vive Quijingue teremos nas urnas de outubro”, falou o republicano.
A oposição conta hoje com o apoio do PR, PRB, PSD, PSL, PMDB, DEM e quatro outros partidos que estão conversando. Na Câmara de Vereadores, a oposição conta com apoio do Edvando dos Santos Moura (Vando – DEM), Washington Cavalcante de Gois (PR), José Celestino Damascena (Ze do Pife – PR), Expedito Souza de Santana (PSD), Clóvis Cavalcante da Silva (PSD), José Romero Rocha Matos Filho (Romerinho – PSL) e Ivani Celestina da Costa (PSD), formando a bancada da maioria.
Demonstrando força política, os três deputados presentes em Quijingue no período da maior festa da comunidade, Vando Araújo e Alex da Piatã, além de Zé Nunes, deputado federal, são ligados ao grupo de oposição local e trabalham para eleger o republicano.
O pré-candidato a prefeito pela situação é o atual vice-prefeito Clemilton dos Santos Silva, conhecido por Cancão, eleito pelo PT e migrou para o PCdoB. Questionado sobre o ponto forte divulgado pela oposição, ou seja, o fato de Almirinho ser um prefeito ausente, Cancão disse que isto não irá atrapalhar no processo eleitoral, pois é forma dele ser, ou seja, qualidade ou defeito dele, porém eu tenho os meus princípios, diferente dele, que acha que deve assim”, afirmou o comunista.
Cancão falou também que está praticamente definido o nome do vice-prefeito e deverá ser o empresário Adilson da Costa Melo (PCdoB), apesar de algumas resistências dentro do grupo por alegarem que será uma chapa ‘sangue puro’, “mas em 2004, quando Almirinho (PT) perdeu a eleição, a candidata a vice era também do PT, em 2012, eu e o candidato a prefeito éramos do PT, portanto este não é problema”, falou.
O vereador Antonio José Brito Chaves, eleito pelo PT, disse não vê problema na chapa puro sangue e justificou que o nome de Cancão surgiu de forma natural e lembrando a eleição de 2012 não houve reclamação do grupo, pois aquela chapa estava bem e pronta para ganhar a eleição e obteve 51,69% dos votos válidos.
Antes da definição do nome de Cancão, o PT se reuniu no dia 21 de maio de escolheu o sindicalista José Carlos da Silva Almeida, conhecido por Zé Carlos, como pré-candidato a prefeito, tendo recuado, abrindo espaço para o crescimento do PCdoB. Por telefone, Zé Carlos falou ao CN que não estava definido que o PT fique fora do processo e que trataria desta assunto com o presidente do PT baiano, Everaldo Anunciação e só após essa conversa definirá apresentação ou não de um candidato a sucessão de Almirinho. “O certo é que não serei candidato à vice”, garantiu Zé Carlos.
O vereador Romerinho, o mais votado em 2012, eleito pelo PT, hoje no PSL, está sendo cotado para integrar a chapa de Nininho Góis. O social liberal tem o apoio do presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Nilo, que obteve 3.186 votos, ficando em primeiro lugar entre os votados no município.
Marcelo Nilo falou ao CN que gosta e respeita o prefeito Almirinho, mais irá acompanhar a decisão do PSL local e desta forma acompanha o líder politico José Romero Rocha Matos, conhecido na cidade como Baio.
Redação CN/ Fotos: Raimundo Mascarenhas e Teones Araújo