A mãe de uma criança de dois anos que frequenta uma creche municipal em Praia Grande, no litoral de São Paulo, afirma que flagrou o filho sendo agredido por uma professora. De acordo com a autônoma Amanda Barros, mãe da criança, o menino apanhou com uma sandália. Ela também afirma que chegou a agredir a docente após a cena e pede uma resposta por parte da escola, já que desde o ocorrido o garoto não vai mais às aulas e a professora continua dando aula no mesmo local.
O caso aconteceu há uma semana, no dia 22 de novembro, na Escola Municipal Professora Esmeralda dos Santos Novaes, que fica no bairro Jardim Quietude. Em nota, a Secretaria de Educação de Praia Grande (Seduc) se limitou a dizer que já tomou conhecimento do caso e deu início ao processo para apuração dos fatos.
Amanda contou ao G1 que precisou buscar o filho mais cedo na creche por conta de um compromisso. Ela disse que foi autorizada pela diretora a seguir até a sala e chamar a criança, mas quando chegou, a porta da sala de aula estava fechada. “Bati várias vezes, mas ninguém abriu a porta. Por isso eu entrei”, lembra.
“A diretora autorizou a minha entrada. Eu precisava pegar o meu filho mais cedo porque tinha um compromisso em Santos. Logo que abri a porta da sala de aula, ela deu duas ‘chineladas’ em uma criança. Na hora eu já me assustei, mas ainda não tinha percebido que era meu filho. Quando vi que era ele, fiquei louca”, revela Amanda.
A mãe do menino afirma que, após flagrar a agressão ‘partiu para cima’ da professora e deu vários tapas na cuidadora. “Eu entrei na sala com o meu outro filho, que tem três anos. Quando eu a vi batendo na criança, fiquei com muita raiva, fui pra cima dela mesmo. Sai do meu normal, foi um momento de muito nervoso pra mim. Só de contar a história começo a tremer”, descreve.
Boletim de ocorrência
Revoltada com o que havia acontecido, Amanda foi até a Delegacia Sede de Praia Grande e registrou um boletim de ocorrência. Após o episódio, ela também tirou o filho da creche, mas condenou a postura da Secretaria de Educação Municipal em manter a docente.
“Isso é negligência total. Eu e meu marido estamos tendo muitas complicações para trabalhar, porque não vou deixar o meu filho voltar naquele lugar. Mas ela continua indo dar aulas e, provavelmente, fazendo isso com outras crianças, já que ficou claro que ela não tem a mínima paciência com bebês”, acrescentou.
Questionada se o filho, mesmo pequeno, já havia relatado algum outro tipo de situação semelhante, Amanda conta que o garoto dizia que “a tia brigou”. “Eu achava isso normal, que eram broncas simples, coisa de professora, sabe? Como são muitas crianças juntas, eu entendo que é necessário repreender de vez em quando. Mas nunca ia imaginar que ela batia no meu filho”, completa.
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