Meus amigos. Escrevo agora objetivamente para homens, mulheres, crianças e idosos submetidos às injustas exclusões e discriminações. É justo que eu me dirija sempre para aqueles que mais precisam fazer valer seus direitos. Este grupo excluído do qual pretendo falar é, ao contrário, composto da vasta maioria do nosso povo. Piora ainda, por se tratar de pessoas que já não protestam mais, que não se exprimem nunca senão com um silêncio que soa como sinal de indiferença ou aprovação.
Confesso que estou preocupado com esta mudança radical de atitude dos homens para com o passado dos caras-pintadas, por exemplo. Sou deputado-estadual e representante do povo de minha terra. Só que meu povo está mudo. Aliás, ficou mudo frente a aparente impotência perante os malfeitos da política nacional. Mas, garanto a você que somos fortes e invencíveis até.
Vamos fazer um retrocesso do nosso Brasil para que possamos juntos criar uma chama de esperança nos nossos corações. Lá trás, tivemos um Brasil arrasado por anos e anos de ditadura militar e cerceamento de liberdades, inclusive no direito a ir e vir e a falar o que quer. Adentramos na democracia e tivemos anos cruéis de inflação de 50% ao mês com Sarney. Em seguida, Collor nos confisca o dinheiro da poupança e logo depois é expulso da presidência por corrupção. Itamar e FHC deram certo equilíbrio a inflação nos trazendo a necessária estabilidade econômica e abertura da nossa economia para o mundo e encerraram o ciclo da direita/centro no governo. Lula lá foi o grito do brasileiro cansado pelo perfil de desigualdades sociais escancaradas representadas por um salário mínimo de US$ 60 (sessenta dólares) e poucas representações populares nos governos.
Este assunto relacionado a esquerda/centro brasileira precisa ser separado num parágrafo distinto. É claro e indiscutível o avanço social que o Brasil teve durante os últimos dois governos do PT. Lula e Dilma diminuíram as diferenças sociais. Certamente, existiam máculas nas suas gestões, mas não é a questão deste meu texto. Falo em consciência sobre os fatos sociais. Sem muito esforço podemos olhar a nossa volta e ver avanços significativos. Alguns nem tanto pelo simples fato de que em muitos casos nem passado se tinha. Um exemplo claro disto são as ações objetivas nas áreas de saúde como o mais médico, na educação com os ônibus padronizados (quando foi que se teve esta preocupação? Na minha época as crianças iam para a escola a pé ou no lombo de um burro) e o acesso ao ensino superior foi uma realidade pelas classes D e E com o Prouni e Fieis.
O ódio pregado e disseminado no pós-eleição 2014 sob a liderança do Senador Aécio (que cometeu recentemente o mesmo crime de Delcídio e está em liberdade…) aliado à infeliz e incompetente emancipação politica da então Presidente Dilma (antes sob a liderança de Lula) foi crucial para uma cassação politica do mandato da Presidente.
Fiz esta retórica para chegarmos mais convencidos no ponto que quero discutir com vocês que é a grave crise política atual. Uma gravação em áudio com a voz do Presidente Michel Temer mostrou a todos o perfil de alguém que de forma ilegítima se tornou presidente da república deste nosso pais.
E agora?
Agora precisamos de um bombeiro para apagar este incêndio que se alastra pelo Brasil e que se não for apagado pode comprometer as estruturas conquistadas acima citadas em governos anteriores do nosso pais.
Recentemente eu estava conversando com amigos sobre o nosso Papa Francisco que jornais italianos flagraram várias saídas secretas do santo-padre para visitar enfermos, oferecer alimento, visitar descrentes e, o que considero mais marcante, a sua humildade. Recusou cedros e anéis de ouro. Tronos monárquicos e luxos foram sumariamente desprezados.
Como Jesuíta que é entende os hábitos simples como prova de fé em algo maior. Além de pregar sempre a paz entre os diversos povos e a unidade entre os Cristãos, mesmo com suas diferenças.
Mas, por que eu estaria citando Francisco?
Acredito que o próximo presidente da república tenha que ter este perfil de se doar. De oferecer seus esforços pelo bem do País. Não creio ser necessário um Francisco igual ao Papa. Porém alguém que ame o nosso pais e ao nosso povo, que busque eliminar o ódio e a divisão maléfica que vivemos e que pregue a paz e a unidade que os brasileiros precisam. Que cuide de nós!
Alex da Piatã, Deputado Estadual