A expulsão infantil contra o Vitória encaminhou um fim melancólico para a trajetória de Rodrigo na Ponte Preta. Sem clima dentro do clube, entre jogadores, comissão técnica e diretoria, o zagueiro tem contrato até o fim de 2018, mas provavelmente terá o vínculo rescindido.
O clube ainda não se pronunciou oficialmente sobre a situação do defensor, que recebeu cartão vermelho direto por dar “dedadas” em Tréllez aos 19 minutos do primeiro tempo, quando a Macaca vencia por 2 a 0 e dominava o jogo. Com um a menos, os campineiros tomaram a virada e tiveram o rebaixamento decretado para a Série B com a derrota em casa por 3 a 2.
Para muitos dentro do clube, Rodrigo deveria ter sido dispensado ainda no último domingo, logo após o fim da partida. A indignação dos próprios companheiros era tanta com a atitude do veterano que ele foi aconselhado a deixar o Majestoso antes mesmo do fim do primeiro tempo para evitar uma confusão generalizada no vestiário durante o intervalo.
Ainda em campo, chegou a levar uma bronca de Luan Peres, companheiro de zaga. Com o futuro em xeque no clube, Rodrigo também corre o risco de sofrer alguma punição financeira pelo ato que comprometeu os planos da Macaca dentro da partida.
Aos 37 anos, Rodrigo, revelado nas categorias de base do clube, voltou ao Moisés Lucarelli em maio, depois de 14 temporadas, para ser um dos líderes do elenco. O retorno também tem relação com uma antiga dívida da Ponte com o jogador. Os salários servem para descontar do valor total do débito.
Longe de ser uma unanimidade, principalmente entre a torcida, Rodrigo virou titular absoluto nesta reta final, com Eduardo Baptista, que apostava na experiência do zagueiro para comandar o time na luta contra o rebaixamento.
Mas o defensor, capitão alvinegro, deixou o treinador e todo o time na mão justamente no momento mais decisivo. E praticamente decretou sua saída do Majestoso.
Globo Esporte