Um alerta epidemiológico divulgado pela Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) aos profissionais da área de saúde vazou nas redes sociais. Nele, consta que a Bahia registrou em janeiro e fevereiro de 2018 quatro casos de óbito por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), sendo que dois deles foram causados pelo vírus da gripe (um para o vírus H1N1 e outro para o vírus H3N2).
Ao todo foram 27 casos de SRAG no estado neste início de ano. Em Salvador, constatou-se a presença dos vírus Influenza A H1N1, Influenza A H3N2, Influenza B e Vírus Sincicial Respiratório.
Na capital, um aluno da escola ACBEU Maple Bear foi diagnosticado com o H1N1 e a coordenação da escola enviou um comunicado aos responsáveis pelos alunos que procurem orientação médica aos primeiros sintomas da doença e que comunique a escola com brevidade. Em nota enviada pela assessoria de imprensa da unidade de ensino foi informado que a criança teria tido “contato” com vírus, mas não teria sido infectado por ele.
Procurado pelo Correio, o coordenador de Vigilância das Doenças Imunopreviníveis, Ramon Saavedra negou que haja um surto de gripe no estado. “Este documento foi somente para profissionais da área de saúde, não foi feito para alertar a população. Não há situação de surto”, falou o autor da nota técnica. Ele acrescentou que esta foi apenas uma medida de precaução e que o aumento de casos de gripe é esperado somente a partir do mês de abril.
Precaução
O documento observa que nos Estados Unidos, na temporada 2017-2018, houve antecipação do aparecimento do vírus da gripe. Comparando o fato com anos anteriores, isso pode ser sinal de um maior números de hospitalização e óbitos, principalmente de crianças, idosos e doentes crônicos.
O fato serviria de alerta para todos os países da América para a circulação do vírus do H3N2. Por precaução, a Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Bahia (DIVEP) orientou os profissionais de saúde a notificar todos os casos atendidos, internados e de óbito por gripe.
Fonte: Correio