O tradicional São João da cidade de Riachão do Jacuípe há mais de duas décadas, vem sendo realizado na Praça Landufo Alves, a maior do território do jacuípe, com quase seiscentos metros de extensão, podendo aumentar, se levar em consideração a ampliação realizada pela Prefeitura até a Estação Rodoviária. A praça este ano, permitiu aos jacuipenses e visitantes maior visibilidade da festa, com a restauração e reforma de toda sua área. Foi mais de meio quilometro de ornamentação que caracterizou um veradeiro arraiá. Duas cancelas serviram para garantir a entrada e saída de mais de 50 mil pessoas que foram participar dos festejos. Pousar para fotografias ao lado das imagens do rei do cangaço Lampião e Maria Bonita era visto a todo instante. A Prefeitura obdecendo a solicitação do Governo do Estado, através da BAHIATURSA, fez monumento e espalhou imagens dos cangaceiros por toda extensão da Praça Landulfo Alves.
A coordenação da festa homenageou os cem anos de nascimento de Maria Gomes de Oliveira, vulgo Maria Bonita, mulher de Virgulino Ferreira da Silva, conhecido por Lampião, o rei do Cangaço, que nasceu em 08 de março de 1911 e morreu em 28 de julho de 1938. Ela foi à primeira mulher a participar de um grupo de cangaceiros. Nascida no sítio Malhada da Caiçara, em Paulo Afonso, hoje conhecido como município de Glória, na Bahia.
Bem iluminada, a praça também foi transformada num cenário junino, com painéis com imagens de Santo Antônio, São João e São Pedro, reverenciados no mês de junho. Enquanto admirava um dos painéis, a aposentada Maria de Lurdes Carneiro, 65 anos, residente no Bairro do Ranchinho, falava com o CN que São João era o santo mais importante do mês, embora não seja tão casamenteiro quanto Santo Antônio. “Na sua festa, sempre está dormindo e as moças aproveitam disso para vestir roupas bonitas e saírem à procura de marido”, contou Maria Lurdes com muita segurança da história do Santo que diz ser devota.
Segundo ela, o forte de São João são as adivinhações e as mocinhas aproveitam de sua sonolência para tirar a sorte, a fim de adivinhar com quem e quando vão casar. “Dizem que São João dorme durante a festa porque se ficasse acordado colocaria fogo na terra”, brincou deixando soltar um bonito sorriso.
Embora tivesse sendo liberada para o público, a Praça não foi inaugurada oficialmente, mas deverá acontecer breve, revelou o prefeito Laurinho. Segundo ele, foram investidos através de convênio com a CONDER/Governo do Estado, com contra partida da Prefeitura, R$ 239 mil, onde foram construídos 03 quiosques, banheiros masculinos e femininos, parque infantil, implantado projeto paisagístico e área para caminhada.
A festa
Pedro de Dário abriu as atividades no palco principal na noite de quarta-feira (22), seguindo da Tradição do Forró e dos Malvadinhos do Forró que subiu ao palco á 00h30, ficando a responsabilidade de Saia Rodada que apresentou um show recheado de forró do romântico, hits do momento e a batida já conhecida da Saia Rodada, aquelas mais tocadas nas rádios do Nordeste.
Na quinta-feira, (23) Pecado de Mulher abriu os shows, seguidos pela Banda Portal e do grupo responsável pela pisadinha, Brega & Vinho, que ampliou o tempo do show, por causa de um imprevisto e forrozeiro Dorgival Dantas não chegou a tempo da apresentação, programada para ás 02h.
Dorgival Dantas, que além de cantor, é o compositor da maioria dos sucessos das bandas cearenses de forró, como Aviões, Gatinha Manhosa, Mastruz com Leite e Calcinha Preta. No início da programação da sexta-feira (24), começando ás 23h, o forrozeiro cearense recuperou “a média” com os jacuipenses e colocou mais de 10 mil pessoas suar a camisa com o melhor do forró.
Olivan Monteiro, natural de Riachão do Jacuípe, veio em seguida e demonstrou afinidade com os conterrâneos, colocando o público para dançar e cantar as musicas de Alcimar Monteiro, de quem intitula ser o clone.
Também passaram pelo São João de Riachão, Estação do Forró, Forró dos Plays, Swtak Fogos, A Tribo, Forró do Moído e os Traquinos do Forró.
Por: Valdemí de Assis / fotos Raimundo Mascarenhas