Durante a sessão da Câmara de Vereadores de Valente, ocorrida na noite de terça-feira (09/10), a vereadora Maria Madalena Firmo, mais conhecida como vereadora Leninha (PT), denunciou o servidor público Lucival Torquato, que exerce as funções de diretor administrativo e controlador na Câmara de Vereadores de Valente-BA, cobrando dos seus colegas edis, uma atitude imediata frente à postura de Torquato.
Segundo a parlamentar,Torquato usou seu perfil no Facebook para agredir as mulheres que participaram do Ato #EleNão, em Valente-BA, ocorrido no dia 05 de outubro. Em sua postagem, o servidor publicou o cartaz do evento acompanhado da legenda “Marcha das Vadias”.
Segundo ela, tal atitude mancha a imagem da casa legislativa. No plenário da câmara, onde estavam algumas das mulheres, homens e jovens que participaram do Ato #EleNão, exigia-se um posicionamento imediato sobre a agressão pública cometida pelo servidor.
Extremamente ofendidas com a publicação, que veio acompanhada de curtidas, comentários a favor, mas também comentários repudiando a atitude do servidor, as mulheres que participaram do evento, resolveram cobrar uma postura do legislativo municipal e ao mesmo tempo acionaram a justiça contra o servidor.
Os vereadores se posicionaram afirmando repudiar a atitude e informando que iriam estudar o estatuto do servidor para avaliar a medida cabível para o caso.
Na quarta-feira (10/10), cerca de 20 mulheres foram até a Delegacia de Valente para registrar um Boletim de Ocorrência contra o servidor, que em breve será convocado pela justiça para prestar esclarecimentos. O Ministério Público também deverá ser acionado em breve.
Segundo o Calila Noticias apurou, assim como em diversas partes do Brasil,o Ato #EleNão em Valente foi um movimento suprapartidário de oposição a um dos presidenciáveis das eleições 2018 “que tem e promove ideias racistas, machistas, homofóbicas, intolerantes, fascistas e que defende a tortura e a volta da ditadura”.
“Organizamos um ato pacífico, onde estavam mulheres, homens, jovens, adultos, crianças e idosos demonstrando civilizadamente sua indignação com o candidato. Foi extremamente ofensiva a publicação do servidor e como mulheres, tantas mães de família, cidadãs e trabalhadoras, não deixaremos isso passar despercebido e exigimos uma punição”, declarou uma das participantes do movimento.
CN