Muita gente ainda questiona por qual motivo o prefeito de Conceição do Coité, Francisco de Assis (PT) e sua vice-Genivalda Pinto da Silva (PSD) foram cassados pelos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral – TRE. Segundo consta no processo, o motivo foi a compra de voto durante a campanha eleitoral de 2016 e que o principal personagem deste crime eleitoral seria o advogado Leonardo Guimarães. Ele é citado como a pessoa que fez uma visita ao Bairro Cidade Jardim e oferecido a uma dona de casa um vale gás em troca do voto.
O advogado Leonardo resolveu quebrar o silêncio e na tarde desta sexta-feira, 19, recebeu em seu escritório a equipe do Calila Noticias e revelou que não passa de calúnia, que jamais entregou vale gás a ninguém e classifica o processo como um “Frankenstein Jurídico”, segundo ele, algo absurdo e atentatório à supremacia do voto.
” A oposição de Coité, porque não aceitou o resultado das urnas, vai à justiça dizer que Assis não poderia ser empossado, porque eu teria comprado voto. Acontece que em nenhum momento eu fui parte investigada, nem mesmo como testemunha fui arrolado no processo, porque o que se pretendia na verdade era a utilização de um fantoche para subsidiar o devaneio, e aí poderia ter sido qualquer um, qualquer nome: João, Luiz, por um acaso escolheram meu nome pra dar, vida a “um fantasma’, mas para a enredo dar certo, precisaram deixar esse fantasma de fora do processo, porque certamente se eu aparecesse acabaria com toda cena de terror que eles pretendiam criar, pra dizer que o prefeito Assis comprou voto. Não estava lá, respondendo ao processo, o responsável verdadeiro pela compro do voto, quem de fato cometeu o crime propriamente dito, só quem estava lá para ser ouvida e foi uma pessoa que tinha declarado inúmeras vezes em redes sociais que odiava Assis, que queria que ele, [ai ela usa um palavrão], com tão notório rancor e dissabor com a pessoa do prefeito”, explicou Leonardo.
O jurista classificou como grande absurdo e conhece pela primeira vez em sua trajetória profissional um processo em que o autor do fato não participa da investigação e mesmo sem qualquer prova de mando, um terceiro é condenado. “eu pergunto: como vai provar a minha ligação jurídica com Assis, se eu não sou parte do processo?”
Quanto a entrega de um suposto vale gás, Leonardo disse que desafia qualquer um apresentar qualquer prova disso e sugeriu que o Calila investigue e apresente um prova da qual ele é acusado.”Nós estamos em tempo de tecnologia extremamente acessível a qualquer pessoa, todo mundo tem um celular. Você acha que se realmente, da forma como a denunciante estava comprometida em flagrar alguém comprando voto para poder ajudar o grupo que ela é simpatizante, ela não teria apresentado uma gravação em áudio ou vídeo, já que todo celular é capaz de realizar isso? Queria saber cadê a prova? Ela disse o que quis para a justiça sem ter a qualidade de testemunha, foi ouvida como informante e o compromisso lhe foi retirado porque ficou evidenciado que ali ela prestava um favor ao seu grupo político. Tudo isso não passa de uma conversinha de botequim que ganhou uma proporção, uma dimensão que a gente não sabe do que se fundamenta, eu não consigo entender”, afirma Guimarães.
Ele conclui: “De repente alguém fala de mim, se esconde, não me ouvem, não apuram e pronto, construíram uma verdade, uma versão que só interessa aos convenientes, aqueles que fizeram acordo de mudo/surdo, só pra defender seus próprios interesses, interesses esses que não são legítimos, passando por cima de tudo e de todos sem se preocuparem com a moral e com a dignidade de quem vai ser abatido com isso”.
Leonardo disse que tudo que vem acontecendo na tentativa de afastar Assis e Val é absurdo, mas que confia na justiça e acredita que o Tribunal Superior Eleitoral vai reformar a decisão do TRE por entender que não houve crime e ainda se houvesse não havia nenhuma conotação entre a suposta compra de voto e o prefeito Assis. Segundo ele é peça do processo um pedaço de papel sem nenhuma assinatura.
Redação CN