Depois de presidir o Partido Social Democrático (PSD) por quase quatro anos, o empresário no ramo de farmácia, Cloudes Rios Araújo, deixou a legenda na véspera do encerramento do prazo para filiação para quem pretende disputar a eleição de outubro e migrou para o Progressista, partido recém ativado no município, tendo como presidente Edvaldo Marques Góis.
O Calila Notícias entrou em contato com Cloudes para saber o que lhe motivou a troca de partido e ele respondeu através de mensagem, que a decisão de mudar do PSD que ele presidia, pelo Progressista, foi um entendimento entre os partidos da base de sustentação do governador Rui Costa para fortalecer todos eles, “pelo cenário atual, aqui (Queimadas), teremos uma eleição bem definida entre os contras e os a favor de Rui Costa, e com essa arrumação, além de contribuir com esse pleito, ficamos fortes para 2022 para continuar o projeto que vem dando certo na Bahia desde 2006, quando Wagner ganhou pela primeira a eleição para governador”, justificou o novo progressista.
Cloudes disse também que os vereadores com mandatos permaneceram no PSD, além da filiação de outras pessoas, a exemplo do primeiro suplente de vereador André Batista de Oliveira, conhecido com André de Maurinho, que deixou o PDT, e de Jailton Lima da Costa, ‘Ito da Ambulância’ que saiu do MDB, para se filiarem no PSD”, afirmou Rios.
Cloudes poderá ser o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por André Andrade (PT), que deverá disputar a reeleição, conforme publicação do petista em sua rede social quando o empresário ainda era presidente do PSD.
Outras trocas de partidos
Na base da situação apenas o vereador Luiz Carneiro migrou para o Partido dos Trabalhadores, e se juntou aos vereadores Paulo do Riacho, Lázaro e Neto eleitos em 2016. O PSD manteve Valmir Coxinha, Ariel e Givaldo, atual presidente da Câmara.
Pela oposição, todos migraram para outro partido, com exerção de Walmir Barreto que se manteve no PSDB. A vereadora Lúcia de Pininho, historicamente do MDB se uniu a Walmir Barreto no PSDB. A vereadora Valda e o vereador Regis da Ambulância deixaram o PODEMOS e migraram para o PRB.
Com esta arrumação, de um lado a chapa majoritária formada pelo PT/PSD e a outra PSDB/DEM, fica desenhado um confronto bem próximo da realidade estadual, ou seja, partidos ligados a Rui Costa e ACM Neto.
O PCdoB por sua vez, não irá apresentar candidatos este ano, e segundo Domício, um dos líderes comunistas de Queimadas, ainda não está definido quem terá o apoio do partido para prefeito.
Maurinho tomará novo rumo
O ex-prefeito de Queimadas José Mauro Oliveira Filho popularmente conhecido por Maurinho é sem dúvida um dos políticos mais conhecidos do território do sisal. Mauro sempre foi considerado ‘apoio de peso’ na política local e para este ano já abraçou a pré-candidatura do bioquímico André Luis de Amorim Rodrigues, popularmente conhecido por André de Edvaldo.
A história política de Maurinho começou em 1988 quando se elegeu vereador, e nestes 32 anos sempre participou ativamente, chegou a prefeitura, foi cassado, apoiou vários candidatos e mudou de partido várias vezes, mas ‘entre tapas e beijos’ ainda se mantém como uma figura bastante respeitada.
A questão familiar nunca foi parâmetro para receber seu apoio, tanto que em 2012 não apoiou Tarcísio Pedreira para prefeito, mas o sobrinho saiu vencedor. Em 2016 firmou um acordo com André Andrade (PT) e colocou sua filha Bárbara Janaina (PSC) como candidata a vice dele e saíram vencedores. Mas o mandato está terminando e Mauro e Bárbara já não estão mais comungando as ideias do petista para reeleição. Ambos já abraçaram a pré-candidatura do outro André, ou seja, o do PSDB, fllho dos ex-prefeitos Edvaldo e Heidy.
O fato marcante na história é que pela primeira vez Mauro vai subir no palanque junto com a irmã Dolores e o sobrinho Tarcísio. Dolores é pré-candidata a vice na chapa de André de Edivaldo, só que pelo visto a família não estará 100% junta ainda, pois, mais um André nesta história, o filho de Maurinho que em 2016 disputou para vereador na Coligação que elegeu André Andrade e sua irmã Bárbara, tendo ficado na suplência e no decorrer do mandato assumiu uma cadeira na Câmara por 2 anos e depois a Secretaria de Infraestrutura garante que vai ficar onde está e vai lutar pela reeleição do PT.
“No povo de lá não voto e onde Dolores e Tarcísio [tia e primo] tiverem também não voto porque fizeram muito mal a minha família”, disse André de Maurinho.