Após a composição da mesa, o presidente da Confederação dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), Alberto Broch, deu boas vindas a todas as delegações do Brasil e as delegações que vieram representando os países do mercosul. “São mulheres sofridas, humildes, simples e guerreiras, a elas nosso grande abraço e reconhecimento por essa luta”, falou Broch durante seu discurso.
“A marcha traz um legado de luta por igualdade e para tratar de questões sérias relacionadas à violência, reforma agrária, educação e saúde para as mulheres do campo e da cidade”, disse Broch.
O presidente disse que é preciso plantar hoje o Brasil sustentável e desenvolvido que queremos para amanhã e é necessário lutar por um campo com gente e seres humanos dignos e respeitados em todos os seus direitos.
Com o grito de ordem ‘somos Margaridas em marcha, somos Margaridas em luta’, o evento que começou em 2000, quando foi entregue a pauta de reivindicações ao ex-presidente Fernando Henrique, repetindo em 2003 e 2007, tendo as reivindicações atendidas pelo ex-presidente Lula e, agora, 2011, as mulheres festejam a vitória da presidente Dilma Rousseff, que estará encerrando a 4ª edição da marcha nesta quarta-feira ás 15h.
Um grupo de mulheres da favela Alta de Vera Cruz executou o Hino Nacional, que foi acompanhado milhares de vozes que lotavam o auditório do Empório Brasil, onde estão acontecendo às atividades do primeiro dia da marcha.
O governador do Distrito Federal, Ângelo Queiroz (PT), foi o segundo a falar. Acompanhado da primeira dama Ilza Queiróz, ele lembrou no seu discurso que ter uma mulher presidenta é uma grande conquista das mulheres e do povo brasileiro. “Que isso sirva de estímulo para a luta de todos os trabalhadores do Brasil”, disse ao encerrar sua fala e desejar um bom evento a todas as Margaridas.
Também estiveram presente na abertura do evento, o ministro-chefe da secretaria executiva da Presidência da República, Gilberto Carvalho, ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Iriny Lopes, ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence. Além de representantes das centrais sindicais CUT e CTB e toda a rede de parceiras da Marcha das Margaridas.
Segundo a secretária de Mulheres Trabalhadoras Rurais da CONTAG, Carmen Helena Ferreira, o objetivo da 4ª Marcha das Margaridas é propor ações, programas e políticas para o exercício pleno da cidadania das trabalhadoras rurais. Ainda de acordo com a Carmen, foi entregue em 13 de julho, aos representantes do governo federal, um documento que propõe as ações, programas e políticas públicas das Margaridas, que reúne 158 reivindicações. Após a fala de Carmen Helena, foi apresentada a comissão responsável pela organização do evento, formada pelas secretárias de mulheres das FETAGs.
Após a solenidade de abertura, ” a mulherada” se dirigiu para os stands e para não fugir a tradição, muitas delas não deixaram de comprar suas lembranças, aliás, uma grande oportunidade para elas conhecerem a cultura e tradição de cada estado. A FETAG Bahia esteve bastante concorrida e por lá estão sendo comercializados desde a fitinha de Senhor do Bonfim, diversos produtos de artezanatos, bijouterias, mel, azeite, cocada baianinha entre outros produtos tipicamente baianos.
O presidente da entidade Cláudio Bastos e a vice Ana Rita Miranda ficaram sastisfeitos com a movimentação do stand, tido como uma das maiores delegações na Marcha, pois foram disponibilizados mais de 25 ônibus. Depois da concentração de hoje, Bastos e Ana já aguardam com muita expectativa o grande momento de amanhã, quando sairão do Parque da Cidade com destino a Esplanada dos Ministérios.
Trânsito modificado – Com a realização da caminhada da 4ª Marcha das Margaridas, que acontece nesta quarta-feira, das 6h às 12h, com previsão de participação de quase 100 mil pessoas, o Departamento de Trânsito do Distrito Federal e a Polícia Militar farão o acompanhamento e a intervenção do trânsito.
O cortejo sairá em direção à via S1 e encerrará chegando à via N1, ocupando três faixas da contramão até o sexto ou sétimo quadrante da Esplanada, próximo ao Congresso Nacional. O percurso exige o fechamento parcial da via interna do Parque e das vias S1 e N1.
Por: Valdemí de Assis* com informações da Contag / fotos : Raimundo Mascarenhas