Dois advogados foram mortos a tiros, na tarde desta quarta-feira (28), em um escritório de advocacia no Setor Aeroporto, em Goiânia. As vítimas foram identificadas como Marcus Aprígio Chaves, de 41 anos, e Frank Alessandro Carvalhaes de Assis, de 47.
O crime aconteceu por volta das 14h30. De acordo com a Polícia Militar, dois homens agendaram para serem atendidos pelos advogados. Ao chegarem ao escritório, eles entraram e esperaram. Ainda conforme o relato, a secretária os levou até a sala dos advogados, momento em que os criminosos colocaram as vítimas de costas e disparam.
Ainda conforme a PM, ao ouvir os disparos, a secretária correu para uma outra sala e se trancou dentro de um banheiro. Testemunhas relataram à TV Anhanguera que os criminosos fugiram em um carro branco, o mesmo em que chegaram ao local.
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Goiás (OAB-GO) informou que Marcus Chaves é filho do desembargador Leobino Valente Chaves, ex-presidente do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).
A OAB-GO relatou que recebeu a informação da ocorrência e designou o seu vice-presidente, Thales Jaime, e mais um representante da Comissão de Direitos e Prerrogativas para irem ao local do crime. Em nota, a entidade manifestou inconformismo com a morte dos advogados e manifestou repúdio à crescente escalada de violência contra a advocacia.
“Cobramos das autoridades competentes célere elucidação, para que os responsáveis sejam levados às barras da Justiça e exemplarmente punidos”, declarou a OAB-GO.
O presidente do TJ-GO, desembargador Walter Carlos Lemes, decretou luto oficial de três dias. “O Poder Judiciário do Estado de Goiás, por todos os seus órgãos, guardará luto oficial nos dias 28, 29 e 30 de outubro, em reverência à memória do filho do desembargador Leobino Valente Chaves”.
Investigação
A Polícia Militar isolou o escritório após o assassinato. Em nota, a assessoria da corporação informou, que, no momento, “diligências ocorrem para que ocorra a prisão dos autores deste crime”.
A Polícia Civil informou que foi criada uma força-tarefa composta por cinco delegados e 30 Policiais Civis para a intervenção no local e início imediato das investigações em conjunto com a Polícia Militar, Instituto de Criminalística e Instituto de Identificação, visando a elucidação do crime.
Os delegados Francisco Junior e Mirian Vidal estiveram no local do crime para dar início à investigação e esclarecer as circunstâncias de como o duplo homicídio aconteceu. Ainda conforme a corporação, todos os detalhes do caso serão mantidos em sigilo para não prejudicar as investigações.
Fonte: G1/GO