Fiscais da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) estiveram no início da manhã desta quinta-feira, 29, no setor de açougues e frigoríficos do Centro de Abastecimento a fim de realizarem um trabalho de rotina que ocorre em todo estado da Bahia no sentido de coibir qualquer tipo de irregularidade na comercialização de produtos de origem animal e não demorou muito para que os videos circulassem em grupos de WhatsApp e redes sociais de pessoas protestando contra o trabalho dos fiscais.
Os agentes acionaram a Polícia Militar para dar sequencia ao trabalho e em seguida chegou o prefeito Francisco de Assis (PT) e o coordenador de Vigilância Sanitária, o gestor chegou a ser vaiado quando desceu do carro em direção ao veículo da ADAB.
O Calila Noticias ouviu a proprietária de um frigorifico que relatou que esta não foi a primeira vez que os fiscais chegaram de surpresa, outras duas vezes anterior chegaram por volta das 03h e faziam a fiscalização e retornavam, “talvez como o horário não encontrava muita gente, somente os comerciantes, nunca teve a manifestação de hoje que foi bem mais tarde e quando os fiscais perceberam todo mundo filmando, talvez pensando alguém se exaltar demais trouxeram a Polícia que passaram a acompanhá-los”, afirmou a comerciante.
Ela disse também que o foco é o comerciante de animais pequenos (porco, carneiro, entre outros) que a Adab exige que seja abatido e transportado da mesma maneira que ocorre com os bovinos. “mas a informação que tenho é que não chegou a notificar e nem apreender a mercadoria de ninguém e logo depois que o prefeito chegou os fiscais foram embora”, disse a dona do frigorífico.
Após os fiscais deixarem o local os comerciantes continuaram trabalhando normalmente, muito deles atribuíram as vaias o fato de o prefeito não ter construído um matadouro municipal após a derrubada do que servia a eles.
O CN entrou em contato também com Paulo Roberto Pinheiro coordenador de Vigilância Sanitária para saber sobre esta ação da Adab no município e ele informou que é um trabalho de rotina do órgão fiscalizador que acontece em todo estado da Bahia e que não avisam a ninguém que estão indo para um determinado local. “Acho injusto as pessoas tudo relacionar a questão política, ouvi uma pessoa dizer que foi o PT quem mandou vim fiscalizar quando ninguém da cidade sabe. Fui gerente regional da ADAB e no Governo Paulo Souto e não era avisado quando as equipes se deslocavam para algum tipo de fiscalização para obedecer a legislação”, afirmou Paulo Roberto.
Vale lembrar que para atender a 304/96 dos Ministérios da Agricultura e Saúde os donos de açougue precisaram se adequar para manterem as portas abertas e a primeira exigência era colocar o balcão refrigerado para receber a carne vinda do abatedouro que atende a portaria, assim como o transporte em caminhão refrigerado. Outras mudanças ocorreram também nos equipamentos do açougue para o manuseio da carne.