A família de Eliomário Souza Ferreira, 29 anos, morto a tiros na tarde de domingo, 21, na Fazenda Salinas, na zona rural de Guapó, no setor Santa Fé, região metropolitana de Goiânia, estado de Goiás, realizou o sepultamento no final da tarde de quarta-feira (24) no cemitério de Conceição do Coité. O caixão havia chegado as 14h e foi velado até as 17h na Rua Antônio Laudelino de Oliveira, 56, Bairro do Cruzeiro. Mãe e irmãos sofrem bastante pela perda ter sido de forma tão cruel e como foi divulgado na edição de segunda-feira, do Jornal da Manhã de Goiânia,cuja reportagem diz que Léo, como era conhecido, teria cometido um crime na Bahia antes de ir para Goiás.
Eu peço que o jornal se retrate nessa informação, meu filho era uma pessoa pacata e ninguém nunca tinha reclamado dele, não sei com quem ele se meteu no dia que foi morto, mas eu tinha informação dele toda à semana, e as pessoas me diziam que ele tinha bom comportamento.
De acordo com Dona Eliete, esta foi à segunda viagem que o filho havia feito ao estado de Goiás. Primeiro foi trabalhar no corte de cana, retornando e passando um tempo em Coité. Ele retornou para trabalhar na construção civil e há quatro anos, não visitava os parentes em Coité, porém, falava por telefone com a mãe todos os domingos à noite.
Uma das irmãs de Léo, Rejane Souza Ferreira, foi até o local onde aconteceu o fato e ficou sabendo que o crime ocorreu no domingo por volta das 16h e seu irmão teria sido surpreendido por um motociclista, que chamou a vítima pelo nome baiano e quando ele respondeu, o motoqueiro efetuou um tiro no peito e ao tentar correr, foi atingido por dois tiros nas costas. Eliomário morreu no local.
Ela disse que não há fundamento nas informações levantadas pela polícia goiana sobre a vida do seu irmão. Ele contou que ele era evangélico, a exemplo da maioria dos seus familiares e que dentre os pertences, encontrou uma bíblia com uma foto do irmão conhecido por Bal que trabalha na portaria do Hospital Regional.
No dia do crime – Na manhã do domingo, Elimário, que trabalhava na área da construção civil, como pedreiro, acordou cedo e acompanhado de um amigo de prenome Cristiano, foram fazer feira e ao retornarem a casa da fazenda, ficaram conversando e após o almoço, apareceu o motoqueiro. Cristiano ao perceber a presença do desconhecido, saiu da casa correndo, enquanto Léo respondeu, “sou eu” em seguida recebeu os tiros.
A notícia chegou ao conhecimento da família no domingo a noite, tendo providenciado o translado para Coité.
Familiares disseram ao CN que não vão acompanhar os trabalhos da polícia ou mesmo a tramitação do processo diante da distancia e não querer se envolver com “esse” tipo de gente. “Entrego tudo a Deus, pois é quem pode e sabe tudo. Deus vai tomar conta deste caso”, finalizou Dona Eliete.
Por: Valdemí de Assis / fotos: Raimundo Mascarenhas