O bacharel em Direito Lucas Ramos de Santana Lopes, 29 anos, natural e residente em Conceição do Coité no interior da Bahia tem vivido momentos de aflição nos últimos dois anos, após publicar o anuncio da venda de um carro em um conhecidíssimo site de negócios, só que ele não contava que entre os interessados havia um que agiria com objetivo de roubar seus dados pessoais para cometer estelionato usando seu nome e CPF.
Com seis processos nas costas em estados diferentes, Lucas tenta provar na Justiça que ele foi vítima de estelionato e não um estelionatário conforme está sendo acusado. Ele esteve na manhã desta segunda-feira, 16, no Escritório do advogado Leonardo Guimarães em busca de apoio jurídico para tentar provar que é inocente e que seus dados estão foram usados por estelionatários.
Ele disse ao Calila Notícias que tudo começou em meados de 2019 quando colocou o carro do pai para vender em um site de negócios, a procura foi imediata e um dos interessados mostrou-se bastante preocupado em fazer a transação, tipico das pessoas sérias, tendo solicitado dele informações pessoais e numero dos documentos como garantia que estava negociando com alguém de verdade, e que seria um advogado do Estado de Roraima que inclusive mandou a carteira da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil – RO), o que Lucas não sabia era que o referido advogado existe, é pessoa de bem e que havia caído no golpe primeiro que ele.
Segundo o advogado Leonardo Guimarães foi o primeiro e único contato, dando conta que o interesse do criminoso era obter os documentos de Lucas e meses depois começaram aparecer as ligações, ameaças de morte através de aplicativos e redes sociais de pessoas que haviam contratado com o estelionatário que se passava por Lucas, “e isso não sou trouxe todo esse desespero de se ver envolvido nessa situação de ameaças de morte e tudo mais, infelizmente avançou e as vítimas começaram procurar as delegacias de polícia em diferentes estados, outros foram buscar o poder judiciário, em verdade em não sei dizer quantas notícias crimes têm espalhadas no Brasil e nem quantas se tornaram inquérito, mas sei que existem no mínimo seis processos contra o Lucas. Então, além do prejuízo material, ele que está com uma conta bloqueada com saldo de R$ 18 mil, não pode mais movimentar e ainda corre o risco de algum momento, algum juiz, ter um entendimento que eu não saberia nem como qualificar, expedir um mandado de prisão contra ele”, falou com preocupação do advogado.
O defensor lamenta ser um problema que segundo ele já toma conta do Brasil inteiro e o que se vê é um judiciário talvez num sentimento garantista, conservador, “me parece que ignora a ausência de prova efetiva da participação de Lucas, porque o que tem lá é o relato de uma conversa com um número completamente desconhecido e uma foto do Lucas, dessa forma é muito fácil para qualquer estelionatário praticar o golpe e sair ileso, porque um individuo pode entrar em uma rede social de qualquer pessoa e salvar a foto, pode comprar uma linha telefônica, criar um aplicativo de mensagens e dizer que ele [estelionatário] é uma pessoa de bem. É preciso que se depure com mais cautela, com mais rigor, e mais do que isso, percorrer o caminho do dinheiro das transações realizadas para que se chegue efetivamente nos beneficiários do golpe, porque eu não conheço em todos esses anos de advocacia nenhum estelionatário que use seu nome próprio ou suas contas próprias, porque se há uma falha, e ela há, e todos nós sabemos disso e que o Brasil não leva a sério como deveria, a falha é do portal que permite o cadastro de pessoas sem confirmar a autenticidade, dos bancos que não mapeiam e nem prestam informações a Receita Federal dos recursos que são depositados, mas está principalmente nas operadoras de telefonia e do WhatsApp que não tem um controle rigoroso em todas negociações que são feitas.” Finalizou.
Lucas tem toda conversa com o estelionatário printada no ‘Zap’, segundo ele o criminoso tão logo conseguiu suas informações, não mais falou nada e quando começou a receber os processos conseguiu o contato do advogado de Roraima que ao informar o caso, ele que também já era vítima teria perguntado: “Já chegou para você ai na Bahia também? Levando a crê que o estelionatário teria usado os documentos dele para enganar Lucas e a partir do momento que tinha a posse dos documentos do coiteense passou a praticar golpes usando os dele.
Assista ao vídeo com mais relato do Lucas e outras informações do advogado Leonardo Guimarães.