Depois de mais de um ano e meio de pandemia, a saudade do incentivo do torcedor na arquibancada é enorme. Capitão do Vitória, Wallace não esconde a vontade de sentir de perto o apoio da nação rubro-negra. “Assim que o torcedor do Vitória voltar para o estádio, vai ser o 12º jogador e vai fazer diferença”, afirmou o zagueiro, em entrevista coletiva concedida após o treinamento desta segunda-feira (20).
Em 17º lugar, com 24 pontos, o Vitória luta para deixar a zona de rebaixamento da Série B do Brasileiro. A situação delicada do time no campeonato faz Wallace ter dúvidas se o retorno da torcida vai de fato ajudar ou gerar mais tensão, mas ele faz questão de sentir o calor dos rubro-negros de perto.
“Não sei. Isso só quando retornar que a gente vai saber. Agora, que de fato a gente precisa que o torcedor volte o quanto antes, a gente sabe disso. A gente tem um patrimônio e algo que pode nos elevar em questão de desempenho”, disse o capitão do Vitória.
Na última sexta-feira (17), a CBF definiu que os clubes da Série B poderão ter torcida a partir da 25ª rodada – que começou domingo – nos municípios em que a presença dos torcedores está liberada pelas autoridades.
Não é o caso de Salvador ou cidades do interior do estado. Por isso, a partida das 19h de quarta-feira (22), contra o Coritiba, no Barradão, ainda será com portões fechados.
“A gente espera que as autoridades possam nos dar logo um parecer em relação a isso, até porque tem outras equipes que já estão contando com sua torcida. E tem feito diferença”, pediu Wallace.
Apesar da ansiedade de jogadores e torcedores, as autoridades ainda pregam cautela em função da pandemia de covid-19. Nesta segunda-feira (20), o governador da Bahia, Rui Costa, avisou que ainda não há uma data para autorização de público nos jogos de futebol disputados no estado.
“Não tem previsão para liberar torcida nos estádios. Nós vamos monitorar a evolução dos casos. Nós comemoramos a queda dos números, mas estamos de olho porque faz 10, 15 dias que os números estão estáveis. Em um patamar mais baixo, mas se mantendo estáveis. É um momento de comemorar a queda, mas também de ficar alerta com essa estabilidade dos casos, pois é um sinal de que a doença não foi embora, permanece aí e a gente precisa continuar se protegendo”, afirmou o gestor.
Fonte: Correio