Após receber o certificado de comunidade Quilombola da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial – SEPROMI, do Governo do Estado da Bahia em 6 de março de 2014, o que se esperava era um verdadeiro avanço na melhoria da qualidade de vida dos moradores do Maracujá, mas infelizmente as coisas não aconteceram como o esperado e pouco foi feito até agora.
A população precisa de muita coisa, mas água sempre foi prioridade e muito prometida, em breve será uma realidade para prevalecer o dito popular ‘água mole em pedra dura, tanto bate até que fura’, conforme à expectativa do estudante de Direito, natural da comunidade e presidente da Associação na oportunidade da certificação há 8 anos, Hélio de Oliveira Silva, conhecido como Hélio do Povo.
Hélio do Povo disse ao Calila Notícias que o pessoal nem acreditava mais na implantação deste sistema de água, depois de tanta promessa e enrolação.”Maracujá tem várias comunidades ao redor, todas com água, só aqui não tinha, e agora graças a Deus e a luta dos deputados Zé Neto (PT), Alex da Piatã (PSD), vereador Betão (PT) e o governador Rui Costa (PT) o sonho está se tornando uma realidade”, afirmou Hélio do Povo.
O vereador e presidente da Câmara Municipal de Coité, Adalberto Neres Pinto Gordiano, popularmente conhecido por Betão esteve na comunidade na manhã desta quinta-feira, 24, juntamente com Val de Alex, ex- vice-prefeita e ex-secretária de Assistência Social, ambos representaram Zé Neto e Alex da Piatã respectivamente para acompanhar o descarregamento do primeiro caminhão de cano em PVC que será usado para levar água de qualidade as residências. O ato contou também com a presença de Wagner Mota gerente da Embasa de Coité e Gilton Borges, analista de saneamento da Regional de Feira de Santana e Heloísio Ferreira, popularmente conhecido por Loy, assessor do deputado Alex da Piatã.
Segundo Betão, há dois anos foi procurado por Hélio do Povo, e ao ouvir o relato dele sobre a necessidade da água para o Maracujá ficou sensibilizado e de imediato solicitou da Embasa a viabilidade técnica, “foi feita e a gente começou acompanhar todo esse processo, graças a Deus os parceiros que temos no estado, tem nos ajudado muito e o mandato aqui vem contribuído para ajudar desenvolver o município. Então a gente contactou com os deputados Alex da Piatã e Zé Neto, fizemos uma reunião na Embasa e prontamente Rogério Cedraz diretor geral, o superintendente Raimundo Neto e o diretor de operação do interior Ubiratan Cardoso ficaram sensibilizados e o caso chegou ao conhecimento do governador Rui Costa que autorizou a obra que vai aconteceu numa cooperação técnica com a Prefeitura”, disse Betão que garante também que ao longo dos seis mandatos de vereador já conseguiu levar água para pelo menos 20 povoados.
Betão disse que a luta já começou também para levar água encanada para a região do Biongo e Cruzeiro de Aroeira, sempre contando com o apoio de Alex e Zé Neto.
Val que representou seu esposo deputado Alex da Piatã disse que a população de Maracujá vive uma expectativa que dura anos, mas finalmente vai poder em breve comemorar, são cerca de 110 famílias que receberão água tratada pela primeira vez, que deverá contemplar casas de outras comunidades as margens da adutora a exemplo de Matinha. “A gente ver a alegria do povo pela chegada da tubulação, mas a alegria maior vai ser quando abrir a torneira e sentir a água caindo, eu tenho certeza que a celebração será grandiosa e nós estaremos aqui para comemorar junto”, afirmou Val.
Gilton Borges fez questão de vim de Feira de Santana para acompanhar o momento do descarregamento do caminhão aproveitou para conhecer a história do povoado, inclusive recebeu de presente um livro da professora Raiane que lançou no ano passado e no seu conteúdo fala muito do Maracujá, inclusive da luta do seu povo e a necessidade da água.
Gilton disse que a história do Maracujá fez lembrar sua infância, nasceu em comunidade pobre e só conheceu água encanada aos 16 anos, isso faz ele valorizar a água e quando traz água para uma determinada comunidade, “não é só água que estamos levando, estamos levando saúde. Então quando chegamos numa comunidade desta, quilombola, carente, pra a gente é uma satisfação muito grande atender e faz com que a Embasa cumpra a sua missão de levar saúde para as pessoas oferecendo água tratada de qualidade”, ressaltou.
O analista de sistema disse que não é uma obra que pode ser entregue de um momento para o outro, pois, envolve muita técnica e barreiras, no entanto garantiu que acredita que a conclusão será de quatro a seis meses.