Fim de tarde de domingo, 28 de março de 2021, desaparecia o menino Davi, na Varzinha das Olarias, zona rural do município de Itiúba depois de passar o dia na casa de Joelma Lima, tia e madrinha dele e seguir por uma estradinha estreita entre mato rasteiro para residência da sua avó materna Terezinha Maria Lima – Veja
O garotinho saiu na frente da avó na direção da casa dela, e ao chegar não encontrou, começaram as buscas naquele mesmo dia no entrono da fazenda cerca de serras e ele não foi encontrado, no dia seguinte uma verdadeira força tarefa com bombeiro, policiamento especializado com cães farejadores, guarda municipal e até helicóptero do Grupamento Aéreo da Policia Militar da Bahia (GRAER) sobrevoou a região, mas nenhuma pista.
O assunto ganhou grande repercussão em todo estado da Bahia, inclusive a mãe do garoto a fotógrafa Lilia Lima esteve pedindo apoio na Secretaria de Segurança Pública do Estado, só que o caso está completando 1 ano e sem nenhuma solução e a angustia só aumenta no coração de Lilia que escreveu um texto relatando tudo que aconteceu e lamenta a falta de solução para o caso.
Olá eu sou Lilia… mãe do pequeno Davi. Qual seria a maior dor em um ser humano? Eu conto pra vocês. Meu filho está desaparecido há exato um ano, sim um ano que Davi hoje de apenas 12 Anos está desaparecido, esta é a maior das dores. Não saber onde está seu filho, se passa fome, se passa frio, se sofreu ou está sofrendo violência. E o pior pouco ou nada é feito pelas autoridades. Há um ano eu ouço a mesma coisa, as mesmas desculpas, os mesmos descasos, são portas batidas na cara, são agenda marcadas e desmarcadas pelas autoridades. É um silêncio profundo, um inoperância que me causa a morte dia após dia. Até quando?? A quem mais recorrer?? Até quando a inoperância e a falta de estrutura das autoridades serão acobertadas pelo discurso de que o caso está sob sigilo da justiça?? É uma vergonha, é doloroso é insuportável. O tempo de quem perdeu um filho não é o mesmo tempo das autoridades que diz estar procurando meu filho. Me juntei a outras mães e outras entidades nesta mesma, hoje o caso do meu filho está em pauta com a anistia internacional, com a Ong Mães da Sé, com o movimento Rota Cidadã YPY, em Maio faremos um Fórum Social Internacional em Araraquara SP estarei presente e o caso do meu filho estará em pauta agora para o mundo todo. Eu exijo maior seriedade das autoridades eu tenho este direito e vou continuar nesta luta até ter meu filho comigo e depois seguirei nesta luta pois é numa vergonha que no Brasil onde desaparecem 250 mil pessoas em média por ano, em grande parte crianças este tema seja tratado com tanto descaso pelas autoridades.