Os números são positivos, os desempenhos convincentes e a expectativa era muito alta. Mas o técnico Tite se despede da Seleção Brasileira após seis anos no comando e duas frustrantes eliminações nas quartas de final da Copa do Mundo. A queda para a Croácia na disputa por pênaltis na tarde desta sexta-feira (9) – horário do Brasil – foi a última partida do treinador no comando do país. A decisão de sair após a Copa já havia sido tomada antes do Mundial.
Mas ao contrário de alguns nomes que deixaram a seleção com números ou atuações pouco convincentes, Tite deixa o Brasil com números muito positivos. Desde que chegou, em junho de 2016, o treinador soma 81 partidas comandando a seleção canarinho e tem 60 vitórias, 15 empates e apenas seis derrotas, já considerando os números dessa Copa do Catar.
Sobre sua saída e o legado que deixa para a torcida e o futebol brasileiro, Tite preferiu não detalhar sobre o assunto no momento, preferindo deixar para a avaliação da imprensa e dos torcedores. “O tempo pode responder melhor. A dor, por mais humana, coerente, consciente que eu possa ter, a emoção está aflorada. Não tenho condição de avaliar todo o trabalho realizado. Com o passar do tempo vocês farão essa avaliação. Não tenho essa capacidade agora depois de uma eliminação”, explicou em coletiva após a derrota nos penais.
Tite também ressaltou que, apesar da dor da eliminação termina o seu segundo ciclo de Copa (o primeiro completo) “em paz”. “Derrota dolorida, porém em paz comigo mesmo. Fim de ciclo. Eu já havia colocado há mais de um ano e meio, não sou um cara de duas palavras. Não estava jogando para ganhar e depois fazer drama para ficar, quem me conhece sabe. Agora, sim, foi um processo inteiro. Antes foi um processo de recuperação. Agora teve uma sequência inteira. O desempenho vocês fazem os comentários de vocês, estão aí para análise”, seguiu.
Os números de ataque e defesa do Brasil também sempre foram extremamente positivos durante o ciclo com Tite. Somando as estatísticas dessa Copa, o Brasil marcou, desde 2016, 173 gols, o que dá uma média de 2,13 por partida. Na defesa, o Brasil sofreu 39 gols (0,35 por jogo).
Em sua prateleira de títulos, Tite deixa o Brasil tendo conquistado o título da Copa América de 2019, disputada aqui no Brasil e vencida contra o Peru na final. Dois anos depois, em 2021, chegou a sua segunda final de Copa América, mas perdeu para a Argentina Messi e ficou com o vice-campeonato.
Fonte: Correio