O tradicional Clube Castro Alves de Conceição do Coité, fundado em 1º de janeiro de 1951 com a denominação de Sociedade Recreativa Castro Alves, cuja sede era na Rua Joao Benevides, ao mudar-se para a nova sede em 1963, trocou também de razão social para Associação Cultural Castro Alves (ACCA).
O Clube foi palco de grandes shows e eventos importantes na cidade e que marcaram a história de todos os coiteenses por várias décadas, porém no início dos anos 2000, começou a decadência do clube. Em 2010, o então presidente Jackson Ferreira resolveu inovar e transformou o Clube num Parque Aquático, o primeiro da cidade e da região, sendo a grande sensação.
A quantidade de sócios em dias com suas mensalidades eram insuficientes para manter as despesas, e diante disto Jackson teve a ideia de atrair novos sócios através de convênios de consignados com a empresa calcadista Sandálias Piatã e com a Prefeitura Municipal no qual os servidores poderiam pagar suas mensalidades através de desconto em folha, o que deu muito certo.
Segundo Diego Bispo o último presidente do Clube, ele que pode ser considerado o que viveu a fase mais critica da história quando o espaço já se encontrava em ruínas, o projeto idealizado por Jackson foi exelente a cidade passou a ter um laser em local de fácil acesso, “porém, com o passar dos anos, a partir do ano 2013 na gestão do então prefeito Francisco de Assis, esse convênio foi encerrado e novamente o clube começou a entrar em decadência, devido a inadimplência dos sócios”, lamentou Diego.
Ainda de acordo com Bispo, alguns presidentes tentaram reerguer a entidade e citou Flavio Souza, Márcio Barry e ele proprio, contudo, por mais esforços que faziam, não obtiveram sucesso e assim o Clube acumulou muitas dívidas trabalhistas.
Antigos funcionários queriam receber seus direitos e caso foi parar no TRT que decidiu por leilão publico
Em 04 de maio de 2022, por ordem do TRT (Tribunal Regional do Trabalho), a ACCA foi destinada a leilão público para a quitação dessas dívidas. Sabendo disso, o vereador Betão Gordiano procurou o atual prefeito Marcelo Passos, e em reunião com o gestor, chegaram a conclusão via decreto 3869 de 28 de abril de 2022, que o Município teria interesse de utilidade pública no imóvel, assumindo assim todas as dívidas trabalhistas que girava em torno de R$ 600 mil.
Em 15 de fevereiro, em audiência coletiva com todos os advogados e reclamantes, na sala de sessões, sob a direção do juiz do Trabalho Geovane de Assis Batista, o acordo foi homologado, juntamente com o procurador do município Bruno Gomes e advogados presentes de ambas as partes quando definiram os valores para o pagamento, de acordo com a planilha de cálculos de todos processos presentes. Sendo assim, o imóvel passaria ser administrado pelo município a partir de abril deste ano, mas segundo uma fonte disse ao CN, foi formado um grupo que pretendia arrematar em leilão, cujo lance inicial correspondia ao valor das dívidas trabalhistas e antes que fosse leiloado a Prefeitura ‘arrematou’.
Diego Bispo e o ultimo presidente do Conselho Jorge Luiz Mota Santana pediram ao prefeito que pudesse manter o real objetivo daquela Instituição fundada pelo professor Sizenando Ferreira de Souza, no qual a ACCA seria um espaço destinado ao lazer ,a educação e cultura. Segundo eles, prefeito acatou a ideia e disse que o imóvel será destinado à construção de um Complexo Educacional para o município de Conceição do Coité.
Resta agora a saudade do Clube que levando em consideração ao segundo endereço (Rua Castro Alves) completou 60 anos em janeiro, tendo sendo palco de shows, formaturas, eventos diversos, como fosse o ‘Centro de Convenções’ da cidade. Na área externa eventos espotivos de quadra com vários campeonatos nas mais diversas modalidades, e o que falar da piscina olimpica construída há mais de 30 anos, muitos desfiles e comemorações de reveillon ao lado dela, som ao vivo aos sábados e domingos.
Redação CN * colaborou Diego Bispo