Os familiares e amigos do metalúrgico Jacivaldo Pereira Gomes, assassinado na noite da última quarta-feira (15), após uma briga de trânsito na Avenida Eduardo Fróes da Mota, em Feira de Santana, realizaram uma manifestação na tarde desta sexta-feira (17), em frente ao Complexo de Delegacias do bairro Sobradinho.
O grupo pediu justiça pela morte do metalúrgico que foi morto sem nenhuma tentativa de defesa. O corpo de Jacivaldo foi sepultado no final da manhã desta sexta, no Cemitério São João Batista, bairro Mangabeira.
Jaqueline Carneiro da Cruz, prima da vítima, relatou os últimos momentos vivenciados com Jacivaldo, e disse que o suspeito utilizou o nome de uma instituição de segurança pública para se identificar e tirar a vida de outra pessoa.
“Estamos aqui para cobrar justiça, porque a gente confia na justiça desta cidade, a gente tem isso como algo para se agarrar agora neste momento, que a justiça faça alguma coisa, porque este homem impiedoso tirou a vida de um pai de família na frente das suas filhas, do seu neto. Elas estavam implorando pela vida do pai, e mesmo assim, o homem impiedoso tirou a vida do meu primo de apenas 44 anos. Nós estávamos passando o feriado na roça, que ele tinha acabado de comprar na cidade de Coração de Maria, ele estava muito feliz, estava comemorando esta conquista junto com a família. Foi uma simples colisão, que não trouxe dano nenhum. Meu primo ainda disse que iria pagar, mas mesmo assim, ele irritado, portando uma arma, ainda teve a audácia de usar o nome de uma instituição séria, seja ela civil ou militar ou federal, qualquer uma delas, ele usou o nome de uma instituição para atirar em uma pessoa, se passando por um policial, mas a polícia está aqui para nos defender”, lamentou.
De acordo com Jaqueline, as filhas de Jacivaldo estão muito abaladas.
“A filha mais velha está muito abalada, ainda mais ela que tem um bebê, foi ela que deu o socorro ao pai, foi ela que tirou ele ali do chão todo ensanguentado, colocou dentro de um carro com a ajuda de alguns populares. Ela está destroçada psicologicamente, emocionalmente. A vida dela acabou, inclusive ela vai se formar agora na área de fisioterapia e já está se questionando, como é que vai se formar sem o pai, vai colocar o nome dele em um balão? A filha menor de oito anos está em choque, ela não fala, ela não se comunica, ela não consegue processar toda a violência que ela presenciou no momento. Vamos precisar de ajuda psicológica para esta criança ter uma nova vida a partir deste momento”, concluiu.
O caso
Conforme informações apuradas pelo Acorda Cidade, ao descer do carro, Jecivaldo informou que iria pagar o prejuízo, mas o condutor do outro veículo desceu e atirou na barriga de Jecivaldo. O caso ocorreu na avenida marginal da Avenida Eduardo Fróes da Mota (Anel de Contorno), na saída do bairro Santo Antônio dos Prazeres, em frente à Lagoa Grande. A vítima, que residia no bairro Caseb, ainda foi socorrida para o hospital, mas não resistiu.
Fonte: Acorda Cidade *Com informações do repórter Ed Santos