O auditório do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais e Agricultura Familiar (SINTRAF-Coité) recebeu na manhã deste domingo, 05, um grande número de pessoas para a primeira Assembleia do Partido dos Trabalhadores (PT) após a definição do nome de Francisco de Assis, ele que geriu o município de Conceição do Coité de janeiro de 2013 a dezembro de 2020.
O evento contou com a presença da suplente de deputada federal pelo partido, Elisangela Araújo, ela que atualmente dirige a Secretaria Estadual de Políticas para Mulheres, representantes do mandato do deputado federal Joseildo Ramos, Gika Lopes pré-candidato a prefeito de Serrinha pelo PT, vereadores, além de dezenas de lideranças históricas do partido em Coité e de partidos aliados como PCdoB, PV e REDE que devem indicar candidatos (as) a vereador (a) para dar sustentação a futura campanha.
Assis fez um discurso da mesma forma que vem fazendo desde que o seu candidato Professor Danilo perdeu a eleição para prefeito em 2020, ou seja, tirando dele próprio a responsabilidade pelo insucesso do companheiro nas urnas, já que o nome de sua então vice-prefeita Val que também era secretária de Assistência Social, despontava como favorita.
Assis voltou a frisar que todos sabiam que ele era contra apoiar membros de uma mesma familia, sempre combateu isso e até colocou a situação para o deputado estadual Alex da Piatã que ele escolhesse, se deveria apoiar sua esposa para concorrer a sucessão ou a ele em mais uma eleição para deputado, e ele optou por receber o apoio. Assim sendo, ele (Assis) decidiu pelo apoio ao então vereador Danilo para concorrer ao cargo de prefeito, porém o deputado não entrou na campanha, bem como outras lideranças ligadas ao parlamentar. Danilo perdeu a eleição por pouco mais de 700 votos e Assis entende que se tivesse empenho por parte do deputado poderia ter vencido a eleição.
O lider petista disse que está vivendo uma nova realidade politica neste ano 2024, não deve ficar remoendo o passado, ele se refere ao período que esteve ao lado de Alex da Piatã e venceu as duas eleições para prefeito em 2012 e 2016, “e a realidade é que haverá três candidaturas, ou quatro, não sei ainda. Então não adianta ficar remoendo eleições passadas, vida que segue”, afirmou.
O ex-prefeito em seu discurso disse também que se existente uma minima chance de união com Alex da Piatã, ela deixou de existir quando o deputado gravou um vídeo recentemente que não havia nenhuma chance de apoiar a candidatura de Assis ou de qualquer outro candidato apoiado por ele. “Acho que a gente não deve ficar alimentando nenhum tipo de ilusão, a união houve quando havia claramente uma divisão de poder, ainda que no ínicio fosse só expectativa de poder. A partir do momento que o deputado quer tudo não é mais união, ai seria hegemonia e ai eu nunca aceitei e nem aceitaria, eu acredito que o PT é um sujeito no processo político e o partido pode fazer uma aliança desde que haja uma divisão de poder (…) então o PT tem candidatura, tem história, tem militância e vai pra disputa. Eu um não acredito que a gente vá pra disputa pra ver quem vai ser o segundo colocado, a gente vai pra o embate pra vencer”, garante Assis.
Outro ponto crucial que Assis afirma estar motivado para disputa é o que ele considera a transformação de Coité em todos os setores a partir do seu mandato. Disse que perdeu a disputa de 2008 porque a população ainda não conhecia o modo petista de governar, e que a partir de 2013 até 2020 fez um governo bastante exitoso, porém lamenta que no último ano veio a pandemia e a prioridade era salvar vidas, ” e acredito que fomos muito bem sucedidos na nossa tarefa de evitar um morticinio em Coité, duvido que tenha no Brasil um município do porte de Conceição do Coité que tivesse um hospital exclusivo para á covid-19, Coité tinha com cinco UTI,s e salvou muitas vidas. Então não foi possivel fechar o nosso governo como gostaríamos entregando dezenas de obras, mas acredito que de um modo geral fizemos uma grande gestão e o povo de Coité reconhece e vai querer repetir”, disse o pré-candidato petista.
Sobre o atual prefeito
Nossa reportagem perguntou a Assis sobre o atual gestor que chegou resgatando algumas tradições culturais no município com destaque o Coité Folia e ele foi taxativo: “Eu acho que foi uma gestão que colocou trio. Não vou dizer que ele fez melhores festas, ele fez uma agora, cuja maior atração no valor de quinhentos mil reais, mais caro, foi Xand Avião. Em 2015 quando ele era do Aviões nos trouxemos, a diferença é que a gente montava palcos e ele faz festa com trios”, afirmou.
Assis lembrou que outra festa que o prefeito Marcelo Araújo (União Brasil) faz é o Natal Luz que sobre valoriza, mas esta festa já virou lei e qualquer prefeito que entrar vai ter que manter o Natal Luz que já faz parte do calendário do município.”Por outro lado ele destruiu a semana da cultura, precarizou o roteiro do forró. arruinou a saúde pública, precarizou a assistência social, as repartições públicas já não atendem como antes, precisa-se de pistolão pra tudo. O prefeito é ausente, ele não conhece o sofrimento das pessoas, ele não está no dia a dia das comunidades, então eu acho que ele vai ser um governo rejeitado pela população que pensou que estava voltando no Capitão América, mas votou no Chapolin Colorado”, disse.
O CN perguntou ao ex-prefeito que governou o município por oito anos consecutivos o que ele considera que errou, e que, caso tenha nova oportunidade corrigirá e ele disse que pecou muito na comunicação, que trabalhou muito e mostrou pouco, e no trato político com ‘os companheiros’, reconhece que pecou também neste aspecto.
Flavia Amâncio presidente do PT e da federação PT/PCdoB, disse que o evento serviu para mobilizar a militância e ficou satisfeita com a presença dos companheiros e companheiras, na oportunidade abonou a filiação de novos militantes, apresentou vários pré-candidatos a vereador que darão sustentação a campanha de Assis pelos partidos da Federação, REDE Sustentabilidade e PV.
Ela garantiu que Assis tem percorrido os quatro cantos do município conversando com as pessoas, mostrando o que ele fez nos oitos anos frente a gestão pública e acredita que tem grandes nomes para continuar representando os partidos coligados na Câmara e espera que seja com Assis na Prefeitura.