A delegada da 15ª Coorpin (Coordenadoria de Polícia do Interior) Edileuza Suely, em entrevista ao repórter Reny Maia, da Rádio Continental AM, na última terça-feira, 14, falou sobre os desdobramentos do trágico caso ocorrido em Serrinha onde o pai matou a filha e depois cometeu suicídio.
Segundo a delegada, após realizar perícia, levantamento cadavérico e ouvir a mãe da criança, ficou constatado que a ex-companheira do policial não foi o alvo durante a ação que resultou na morte da criança de 9 anos. “Quero esclarecer aqui que em nenhum momento ficou evidenciado na cena do crime que houve uma intenção de atingir a companheira, até porque no momento da ação ela não estava na linha de frente. Só estavam o pai e a criança, e pela proximidade dos dois não houve outros disparos, apenas o que atingiu a criança e o que atingiu o genitor, então não há essa terceira intenção ou possibilidade que estava tentando atingir a companheira, e fatalmente atingiu a filha”.
A delegada relatou o que foi contado pela mãe da criança momentos antes do crime. “Ouvimos a genitora da criança, e ela relatou que estava em casa por volta das 12h25 quando Bruno compareceu para buscar a filha, o que era comum de acontecer, e mais uma vez ele perguntou a companheira se ela já tinha pensado sobre a possibilidade de um retorno, e ela respondeu que não. Ela relata que ele disse que tudo bem. Ele fechou a porta, e na garagem para sair de casa, ela ouviu o estampido, e ao sair se deparou com os dois caídos ao chão”.
Ainda segundo Dra. Edileuza, o autor do crime, que depois tirou a própria vida, já havia feito ameaças. “Oito anos atrás, quando a filha tinha apenas um ano, ele tinha colocado a arma na cabeça e ameaçado contra a própria vida, e ela relata que ele já havia verbalizado que tiraria a própria vida, mas que antes disso tiraria a vida da filha porque mataria também a mãe para que a filha não ficasse sem ninguém no mundo”.
O crime ocorrido na última segunda-feira, 13, chocou os moradores do Residencial Serrinha, localizado no bairro da Cidade Nova, e também toda população serrinhense.
CN | Infoserrinha