Com protesto de servidores públicos estaduais, a sessão da Assembleia Legislativa da Bahia desta terça-feira (21) caiu por falta de quórum. Por isso, dois projetos do governo ficaram sem votar: reajuste de 4% para os trabalhadores da administração direta e indireta do estado e mais um pedido de empréstimo do governador Jerônimo Rodrigues (PT).
No dia 24 de abril, o governo estadual enviou à Alba um pedido de empréstimo no valor de US$ 400 milhões, o que equivale a R$ 2 bilhões, para a Reconstrução e Desenvolvimento. A administração petista já acumula um total de R$ 3,7 bilhões em créditos. No mês passado, inclusive, Jerônimo conseguiu aprovar na Alba um pedido de R$ 400 milhões.
Já o projeto de reajuste dos servidores foi encaminhado à Casa no dia 2 de maio. A matéria contempla a regulamentação e reajuste do auxílio refeição, reajuste complementar de 2,85% para carreiras com vencimento básico abaixo do salário-mínimo e a aplicação do piso nacional da educação – que será reajustado em 3,62%. Segundo o líder do governo, Rosemberg Pinto (PT), o projeto será votado na próxima terça-feira (28).
Uma emenda para alterar a proposta de reajuste para 10% foi apresentada, nesta terça-feira, pelo deputado estadual Alan Sanches (União Brasil), líder da oposição na Alba. “A gente considera que 4% é uma proposta muito mesquinha do governo, porque sequer oferece ganho real aos servidores. A gente vê o governo chegando a R$ 6 bilhões em pedidos de empréstimos em menos de um ano e meio, mas na hora cuidar do servidor não tem dinheiro. É lamentável”, afirmou Alan Sanches.
Na última quinta-feira (15), os trabalhadores estaduais da saúde se mobilizaram em protesto na Avenida ACM, em Salvador. “Não vai ter arrego! Paga os 10% ou não vai ter sossego!”, gritavam os servidores. Criticada pela categoria, a proposta do reajuste de 4% prevê que as medidas irão repercutir no pagamento do mês de maio, sendo que o percentual de reajuste linear será concedido em 2%, em maio, e em 2%, em setembro.
Fonte: Correio