O Furacão Milton tem sido assunto no mundo inteiro nos últimos dias e havia uma expectativa de que sua passagem principalmente pelo Florida nos Estados Unidos seria devastador, segundo os cientistas estava classificado na Categoria 5, a mais alta com ventos de até 250 km/h.
Para se ter ideia do risco que o furacão apresentava, um cientista falou chorando sobre um possível desastre.
A repórter coiteense Rafaela Rodrigues disse ao CN que manteve contato com a conterrânea Renata Cruz que mora há mais de cinco anos na Florida, antes da chegada do Furacão na quarta-feira,9, e ela não escondeu a preocupação. Ele redes explicou que reside pouco mais de 100 quilômetros onde já aconteceu a evacuação devido a devastação.
“Eu moro na central Flórida e as pessoas estão se deslocando para cá, pois, as informações que o Furacão não deve chegar com tanta força, comparado as outras cidades. Por isso, nesse momento todas as casas de férias e hotéis estão esgotados”, contou Renata antes da chegada do furacão.
Renata disse ainda que mora em um apartamento antigo e provavelmente não iria ficar no local por medo das consequências da estrutura do prédio. “Pode acontecer coisas que a gente não espera, ou seja, voar algo devido aos fortes vento e bater no apartamento. Prefiro não arriscar”, disse.
Aquela altura todos os postos da região não tinha mais combustível e relembrou o Furacão “Ian” que presenciou em 2020.
“É totalmente diferente esse Furacão (Milton) por que segundo informações, ele é do tamanho da Flórida [categoria 5], diferente do que enfrentamos há quatro anos. Portanto, não sabemos a proporção que esse fenômeno vai bater na Terra e o Ian foi categoria 1. Peço a Deus que tudo acabe bem”, disse.
Poucas horas depois da conversa de Rafaela com Renata o furacão “potencialmente mortal” Milton chegou na noite de quarta-feira à costa da Flórida. O Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos afirmou que o furacão chegou a Siesta Key por volta de 21h40 (no horário de Brasília) com ventos de até 205 km/h.
O ciclone foi classificado como de categoria 3 em uma escala que vai até 5 — a mais grave. Mesmo com o rebaixamento de 5 para 3, ele permanece tendo potencial devastador. “Está previsto que o Milton continue sendo um grande furacão extremamente perigoso quando atingir a costa centro-oeste da Flórida esta noite”, alertou o NHC.
Ao menos dez pessoas morreram durante a passagem da tempestade tropical pelo Estado da Costa Leste americana; mais de 3 milhões de pessoas ficaram sem o fornecimento de energia elétrica.
Em novo contato com a repórter coiteense na manhã desta quinta-feira, 10, Renata contou que ficou sem energia elétrica por algumas horas, oscilava muito possivelmente devido ao vento forte atingindo a rede elétrica até que foi normalizada pela manhã.
Renata mandou uma mensagem de áudio que o CN teve acesso, relatando que o furacão teve mais vento do que chuva, tanto que desta vez as ruas, pelo menos no local onde ela se encontra, não alagaram, não teve queda de árvores, mas em outros locais onde moram pessoas conhecidas teve. “Foi mais tranquilo do que o esperado, mas ruim foi a noite que alguns objetos batem na parede e causa medo por não saber o que é, mas foi tudo bem, graças a Deus deu tudo certo”, finalizou Renata que foi para a Florida em 2019 e ingressou no seguimento empresarial.