Isabel Oliveira, de 18 anos, estudante do Colégio CETEP Araci, na região sisaleira da Bahia, teve a oportunidade de apresentar seu inovador projeto de luvas de bioplástico de sisal ao Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a abertura da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), em Brasília.
O projeto, desenvolvido em conjunto com seus colegas, visa a produção de luvas sustentáveis a partir de bioplástico derivado do sisal, uma planta comum na região do semiárido baiano. Isabel esteve acompanhada pela professora e orientadora Pachiele Cabral.
O evento, realizado pelo Governo Federal por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, é considerado o principal espaço de divulgação científica do país, reunindo estudantes, pesquisadores e empreendedores de todo o Brasil. Este ano, o tema da SNCT é “Biomas do Brasil: diversidade, saberes e tecnologias sociais,” focando na sustentabilidade e nas inovações voltadas aos biomas brasileiros. A programação segue até o dia 10 na capital federal.
Após a apresentação, Lula compartilhou o encontro em suas redes sociais e exaltou a iniciativa de Isabel, que representa a Bahia com seu projeto promissor. “Hoje, conheci a Isabel. Da Bahia para a Semana Nacional da Ciência e Tecnologia, com direito a apresentação do projeto e foto para a família,” escreveu o presidente.
O Projeto de Luvas Biodegradáveis
Desenvolvido pelos estudantes Isabel Oliveira, Maria Isabela, Sarah Moura, Adriele Pietra e Luan Santos, sob a orientação da professora Pachiele Cabral, o projeto surgiu da necessidade de reduzir o impacto ambiental do uso e descarte de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) no laboratório escolar e em ambientes de saúde. A pandemia de COVID-19 impulsionou a equipe a buscar alternativas sustentáveis para EPIs descartáveis. O bioplástico usado nas luvas é produzido a partir da epiderme do sisal, um material de alta resistência que protege a planta de micro-organismos e confere impermeabilidade às células. Segundo Maria Isabela, integrante do grupo, o resultado é uma luva antimicrobiana, antialérgica, biodegradável e de baixo custo.
“Nosso material é capaz de ser uma solução sustentável e economicamente viável, oferecendo segurança e reduzindo os danos ambientais gerados pelo descarte de EPIs convencionais.”
CN | Fonte: Bahia Notícias